domingo, 6 de novembro de 2011

Concerto Pedagógico - Tema 2


Música Barroca.
A música barroca é toda música ocidental correlacionada com a época cultural homônima na Europa, que vai desde o surgimento da ópera por Claudio Monteverdi no século XVII, até à morte de Johann Sebastian Bach, em 1750.
Trata-se de uma das épocas musicais de maior extensão, fecunda, revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente também a mais influente. As características mais importantes são o uso do baixo contínuo, do contraponto e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então vigente. Na realidade, trata-se do aproveitamento de dois modos: o modo jônico (modo "maior") e o modo eólio (modo "menor").
Do Período Barroco na música surgiu o desenvolvimento tonal, como os tons dissonantes por dentro das escalas diatônicas como fundação para as modulações dentro de uma mesma peça musical; enquanto em períodos anteriores, usava-se um único modo para uma composição inteira causando um fluir incidentalmente consonante e homogêneo da polifonia.  Na música barroca, os compositores e intérpretes usaram ornamentações musicais mais elaboradas e ao máximo, nunca usada tanto antes ou mais tarde noutros períodos, para elaborar suas idéias; fizeram mudanças indispensáveis na notação musical, e desenvolveram técnicas novas instrumentais, assim como novos instrumentos. A música, no Barroco, expandiu em tamanho, variedade e complexidade de desempenho instrumental, além de também estabelecer inúmeras formas musicais novas, como a ópera. Inúmeros termos e conceitos deste Período ainda são usados até hoje.
O apogeu da música instrumental
Pela primeira vez na história, música e instrumento estão em perfeita igualdade. Nesse período a instrumentação atinge sua primeira maturidade e grande florescimento. Pela primeira vez surgem gêneros musicais puramente instrumentais, como a suíte e o concerto. Nesta época surge também o virtuosismo, que explora ao máximo o instrumento musical. Johann Sebastian Bach e Dietrich Buxtehude foram os maiores virtuoses do órgão. Jean-Philippe Rameau, Domenico Scarlatti e François Couperin eram virtuoses do cravo. Antonio Vivaldi e Arcangelo Corelli eram virtuoses no violino.
A época das orquestras de câmara
O barroco foi a época de máximo desenvolvimento de instrumentos como o cravo e o órgão, mas também surgiram várias peças para grupos pequenos de instrumentos, que iam de três até nove instrumentistas.
História
Início do Barroco (c. 1600 — c. 1750)
Muitas das inovações associadas com a música Barroca foram estimuladas por um desejo contínuo, já evidente durante o Renascimento, de recuperar a música da antiguidade clássica. Os gregos antigos haviam escrito repetidamente sobre os poderes da música de incitar paixões nos ouvintes. Entretanto, os poucos manuscritos de antiga música grega conhecidos na época eram pouco compreendidas, o que permitiu muita especulação sobre a sua natureza. Ao final do século XVI, um grupo de poetas, músicos e nobres,  entre eles Vincenzo Galilei, Giulio Caccini e Ottavio Rinuccini, passaram a se reunir na casa do Conde de Vernio (Giovanni de' Bardi) em Florença, com a finalidade de discutir assuntos relacionados às artes, e em especial a tentativa de recriar o estilo de canto dos dramas Gregos antigos.
Dos encontros da Camerata Fiorentina, como este grupo passou a ser conhecido, surgiu um estilo musical que estabelecia que o discurso  seria o aspecto mais importante na música. O ritmo da música deveria ser derivado da fala e todos  elementos musicais contribuiriam para descrever o afeto representado no texto, sistematizando-se a chamada doutrina dos afetos, de grande influência para o desenvolvimento da música barroca. Portanto, este estilo, que logo foi conhecido como seconda pratica para contrastar com a polifonia renascentista tradicional ou prima pratica, era composto por uma única parte vocal acompanhada por uma parte instrumental.
Esse acompanhamento era chamado de baixo contínuo, e consistia de uma única melodia anotada, sobre a qual um grupo de instrumentos adicionavam as notas necessárias para preencher a harmonia implícita no baixo, freqüentemente assinaladas através de cifras indicando os intervalos apropriados. O baixo continuo estabeleceu uma polaridade entre os registros extremos: a melodia aguda e a linha do baixo eram os elementos essenciais, e as partes intermediárias eram deixadas ao gosto dos intérpretes. Nos anos 1630, esta combinação passou a ser designada pelo termo monodia, um estilo que se encontra entre a fala e o canto. Essa flexibilidade permitiu que os solistas ornamentassem as melodias livremente sem precisar se preocupar com regras de contraponto, permitindo assim que demonstrarem suas habilidades virtuosísticas. Para tirar máximo proveito da capacidade de cada instrumento ou da voz, os compositores começaram a desenvolver escritas idiomáticas para cada meio, ao contrário da música renascentista onde as partes poderiam ser executadas intercambiavelmente com instrumentos ou com voz.
Não é possível dizer que o início do Barroco já apresentava um sistema tonal definido, porém se observa uma preferência gradual pelas escalas diatônicas maiores ou menores, e um maior senso de centro de atração tonal. A emergência da seconda pratica não significou que a tradição polifônica havia sido suplantada; ambos os estilos coexistiram por todo o período barroco. Claudio Monteverdi publicou madrigais escritos em ambas as práticas, e, a mesma flexibilidade na escrita também teve lugar na  air de cour francesa.
A monodia, combinada com a nova técnica do recitativo, finalmente permitiu aos compositores escrever uma ópera, ou seja, um drama cantado do início ao fim. A ópera L'Orfeo de Monteverdi,  de 1607,  é usualmente considerada a primeira obra a combinar música e drama satisfatoriamente. Na Alemanha, Heinrich Schütz adaptou as novas técnicas para alguns de seus motetos sacros policorais, e foi o compositor da primeira ópera alemã, Dafne (1627).
A maior parte da música instrumental publicada nesta época são as suítes de danças em vários movimentos e as variações sobre transcrições de obras vocais (geralmente intituladas canzonas, partitas ou sonatas) ou sobre baixos ostinatos (chacona ou passacaglia). Gêneros livres, como a fantasia e a tocata para instrumentos de teclado também faziam parte destas coleções.
Particularidades do estilo
Desenvolvimento extenso do uso da polifonia e contraponto . Os acordes tem uma ordem hierárquica em suas progressões tonais, tanto funcional como cadencial. que definem a tonalidade progressiva do barroco musical. A harmonia era acompanhada e definida pelo basso continuo criando uma necessidade do intérprete de ser um virtuoso para não deixar a musicalidade se desviar do aspecto tonal da música, visto que quase sempre o basso continuo não era escrito e chamava pela improvisação.
O contraponto era intenso, especialmente na forma de tema e variação. A modulação tonal na música barroca é freqüente. Devido a incapacidade física de um cravo prover dinâmicas variadas a arte da música barroca voltava a habilidade de desempenho em termos de articulação. Entre outras particularidades dos estilos desenvolvidos na música barroca, inlcluem-se:
  • Monodia;
  • homofonia com uma voz diferente cantando por cima do acompanhamento, como nas árias italianas;
  • Expressões mais dramáticas, como na ópera.
  • Combinações de Instrumentações e vozes mais variadas em conjunto a oratórios e cantatas
  • Notes inégales (Francês para "notas desiguais") usadas. Técnica barroca que envolvia o uso de notas pontuadas que eram usadas para substituir notas não pontuadas, dentro de um mesmo tempo que alternavam entre duração de valores longos e curtos;
  • a ária (curta peça cantada em uma cantata, ou instrumental na suíte);
  • o Ritornello (estilo que contém breve passagens instrumentais entre os versos cantados);
  • o concertante (o estilo que contrasta entre a orquestra e os instrumentos solos, ou pequeno grupo de instrumentistas);
  • instrumentação precisa anotada (no período anterior, a Renascença, a partitura raramente listava os instrumentos);
  • notação musical escrita idiomaticamente melhor para cada instrumento específico.
  • Notação musical para interpretação virtuosa, tanto instrumental como vocal
  • ornamentação
  • Desenvolvimento profuso na tonalidade da música ocidental (escala maior e menor)
  • cadenza, uma seção ad lib nas cadências das partituras para o virtuoso improvisar.


Estilos
Compositores barrocos escreveram em diversos gêneros musicais; incluem-se diversos estilos inovadores para a época. A ópera foi inventada na Renascença, mas foi no Barroco que Alessandro Scarlatti, Handel e outros desenvolveram grandes obras. O oratório chegou a grande popularidade com Bach e Handel; ambos a opera e o oratório usavam forma musical semelhantes, tal como o uso da ária da capo.
Na música litúrgica, a Missa e os motetos não foram tão importantes, mas a cantata prosperou, principalmente nos trabalhos de Bach e outros compositores protestantes. Música para o organista virtuoso floriu, com o uso das tocatas, fugas, e outros trabalhos.
Sonatas instrumentais e suítes para dança foram escritas para instrumentos individuais, para grupos de música de câmara, e pequenas orquestras. O concerto emergiu, tanto na forma para o intérprete solista como para orquestra, assim como o concerto grosso no qual um grupo pequeno de solistas cria simultaneamente um contraste com um grupo maior que intercalam suas partes com perguntas e respostas do diálogo melódico. A Abertura francesa com o seu típico contraste de seções rápidas e outras lentas adicionou grandeza às muitas cortes nas quais eram apresentadas.
As obras para teclado eram algumas vezes escritas para grupos maiores. Novamente, existe um grande número de obras de Bach escrita tanto para os instrumentos solos, como concertos e o mesmo tema se apresenta em arranjos de concerto para orquestra ou suíte. Grandes trabalhos de Bach que culminaram na música da Idade Barroca incluem: o Cravo Bem Temperado, as Variações Goldberg, e a Arte da Fuga.




Brasil(Barroco)

No final do século XVII as exportações de açúcar começaram a diminuir, mas a descoberta de ouro por exploradores da região que mais tarde seria chamada de Minas Gerais, em torno de 1693, e nas décadas seguintes nos atuais Mato Grosso e Goiás, salvaram a colônia de um colapso econômico iminente. De todo o Brasil, bem como de Portugal, milhares de imigrantes vieram para as minas. Os espanhóis tentaram impedir a expansão dos portugueses para o território que lhes pertencia de acordo com o tratado de Tordesilhas de 1494, e conseguiram reconquistar a Faixa Oriental em 1777. No entanto, essa conquista foi em vão, visto que o tratado de San Ildefonso, assinado no mesmo ano, confirmou a soberania portuguesa sobre todas as terras provenientes da sua expansão territorial, criando assim a maior parte das atuais fronteiras brasileiras.
Em 1808, a família real portuguesa, e com ela a nobreza portuguesa, fugindo das tropas do primeiro imperador francês, Napoleão Bonaparte, que estavam invadindo Portugal e a maior parte da Europa Central, estabeleceram-se na cidade do Rio de Janeiro, que assim se tornou a sede do império ultramarino português. Em 1815, Dom João de Bragança (futuro Rei Dom João VI), então Príncipe-regente de Portugal em nome de sua mãe incapacitada - a Rainha Dona Maria I, elevou o então Estado do Brasil, uma colônia portuguesa, a Reino soberano unido com Portugal.Em 1809, os portugueses invadiram a Guiana Francesa (que foi devolvida à França em 1817)e em 1816, a Faixa Oriental, que foi posteriormente rebatizada para Cisplatina.










Mundo(Barroco)
1688-1689 - Revolução Gloriosa em Inglaterra.




















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