sexta-feira, 29 de maio de 2020

Produção de Texto Aula 19 Pronome

Pronome

 

É uma classe gramatical variável, ou seja, flexiona-se em gênero e número. Ele tem a função de relacionar o substantivo a uma das três pessoas do discurso (quem fala, com quem se fala e de quem se fala), podendo ainda indicar a posse de um objeto ou sua localização. Quando substituem o substantivo, denominam-se pronome substantivo; quando o acompanham, pronome adjetivo.

Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e relativos. Acompanhe a seguir as características de cada pronome:

1. Pronomes pessoais

Os pronomes pessoais indicam as pessoas gramaticais, também chamadas de pessoas do discurso (Eu, tu, ele, nós, vós, eles). Eles podem pertencer ao caso reto e ao caso oblíquo. Para cada pronome reto, há um correspondente no caso oblíquo. Veja a explicação!

Eu →Me, mim, comigo.

Tu → Te, ti, contigo.

Ele → Se, o, a, lhe, si, consigo.

Nós→ Nos, conosco.

Vós →Vos, convosco.

Eles →Se, os, as, lhes, si, consigo.

Os pronomes do caso reto exercem a função sintática de sujeito, enquanto os do caso oblíquo, de complemento. Por isso, construções como: “Você trouxe para mim comer?” ou “Isso é para mim fazer” são equivocadas, pois, nos dois exemplos, o pronome oblíquo está exercendo uma função que não lhe pertence, a de sujeito. Portanto, para os enunciados ficarem gramaticalmente corretos, devem ser construídos assim: “Você trouxe para eu comer?” e “Isso é para eu fazer”. Veja a seguir os pronomes retos e oblíquos exercendo suas funções gramaticais:

I. Lorenzo saiu de férias. Ele vai viajar. (pronome reto – função sujeito)

II. Alguém me chamou? (pronome oblíquo – função de complemento)

  • Atenção: Os pronomes substantivos exercem as mesmas funções sintáticas do substantivo, e os pronomes adjetivos, as mesmas do adjetivo. É importante atentar para esse detalhe!

2. Pronomes de tratamento

Os pronomes de tratamento indicam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores (parceiros na comunicação). Esses pronomes são divididos por grau de formalidade, portanto, para cada contexto, há um pronome de tratamento a ser utilizado. Embora indiquem interlocução (conversa), o que indicaria o uso da segunda pessoa do discurso (tu), com os pronomes de tratamento, os verbos devem ser usados na terceira pessoa. Veja os exemplos:

I. Vossa Excelência está atrasada para a sessão. (Ministra)

II. Vossa Alteza está muito elegante. (Princesa)

III. O senhor já sabe quando chegará o ofício? (Pessoas mais velhas ou a quem se deve respeito)

IV. Você não aprende mesmo! (Indica tratamento informal).

3. Pronome possessivo

Os pronomes possessivos estabelecem a ideia de posse entre o objeto e as três pessoas do discurso. Portanto:

1ª pessoa do discurso (eu) → meu, minha, meus, minhas.
2ª pessoa do discurso (tu) → teu, tua, teus, tuas.
3ª pessoa do discurso (ele) → seu, sua, seus, suas.

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1ª pessoa do discurso – plural (nós) → nosso, nossa, nossos, nossas.
2ª pessoa do discurso – plural (vós)→ vosso, vossa, vossos, vossas.
3ª pessoa do discurso – plural (eles) → seu, sua, seus, suas.

Veja os exemplos:

I. O carro é meu. (Objeto pertence à 1ª pessoa do discurso – eu)

II. Nossa casa é linda. (Objeto pertence à 1ª pessoa do discurso – nós)

III. Sua roupa está suja. (Objeto pertence à 3ª pessoa do discurso – ele? ela)

*O gênero e o número dos possessivos concordam com o objeto possuído.
Ex. João, sua camisa é linda.

*Os pronomes de tratamento utilizam os pronomes possessivos na 3ª pessoa.
Ex. Você deve encaminhar sua solicitação o mais rápido possível.

4. Pronome demonstrativo

Indica a localização dos seres em relação ao espaço e ao tempo. Também se relaciona às três pessoas do discurso, determinando a proximidade entre elas e o objeto. Flexiona-se em gênero e número.

1ª pessoa → este, esta, estes, estas, isto (Os seres ou objetos estão próximos da pessoa que fala).

2ª pessoa → esse, essa, esses, essas, isso (Os seres ou objetos estão próximos da pessoa com quem se fala).

3ª pessoa → aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo (Os seres estão longe tanto do emissor (quem fala) quanto do receptor (com quem se fala)).

Ex.:

Minha bolsa é aquela.
Esta é minha caneta.

Essa camisa está suja.

5. Pronome Indefinido

Os pronomes indefinidos são usados para demonstrar imprecisão ou indeterminação, por esse motivo, referem-se sempre à 3ª pessoa do discurso. Podem ser variáveis (sofrem modificações quanto ao gênero e ao número) ou invariáveis (não se flexionam). Quando acompanharem o substantivo, serão pronomes adjetivos, portanto, exercerão a função sintática própria do adjetivo. Quando substituírem o nome, serão, portanto, pronome substantivo, logo, exercerão as mesmas funções sintáticas do substantivo. Veja os exemplos:

Alguém me chamou? (pronome substantivo)
Muitas pessoas precisam de assistência. (pronome adjetivo)

Acompanhe a lista dos pronomes indefinidos:

Variáveis: algum, bastante, certo, muito, nenhum, outro, pouco, qualquer, tanto, todo, um, vários, quanto.

Invariáveis: cada, nada, ninguém, alguém, algo, outrem, tudo, quem, demais.

6. Pronomes relativos

Os pronomes relativos recebem esse nome porque se relacionam ao termo anterior e têm a função de substituí-lo. Eles são necessários para evitar a repetição desnecessária dos termos. Veja os exemplos:

Essa é a empresa que lhe falei.
A casa onde moro é linda.

Não conheço a pessoa a quem você entregou a carta.
Os pronomes relativos podem ser variáveis ou invariáveis. Veja:

Variáveis: o qual, cujo, quanto.

Invariáveis: que, quem, onde.

Então, galera!

Essa parte teórica é tão importante quanto nossa criação textual. Temos que conhecer as regras do jogo todo, desde a construção de narrativas quanto as regras gramaticais.

Até mais.

Produção de Texto Aula 18 Artigo

Artigo

 É a palavra que se antepõe ao substantivo com a intenção de particularizar ou indefinir o nome. Como classe gramatical, possui reduzido valor semântico demonstrativo por ter uma função delimitada na língua portuguesa, exercendo o papel de adjunto dos substantivos. Pode ser classificado como definido ou indefinido.

Apesar de possuir função delimitada, o artigo pode provocar diferenças significativas de sentido em uma frase. Observe as estruturas a seguir:

Após uma longa discussão, deputados propuseram um acordo.

Após uma longa discussão, deputados propuseram o acordo.

As duas frases, apesar de possuírem uma estrutura semelhante, apenas poderiam ser empregadas em contextos diferentes. A primeira estrutura só poderia ser utilizada se o interlocutor daquele que está enunciando não soubesse do que se trata o referido acordo, pois o artigo um, nesta construção, está indefinindo o substantivo. Na segunda construção, fica claro que o interlocutor sabe previamente do acordo do qual se fala, pois o artigo o particulariza o nome.

Como classe gramatical, o artigo subdivide-se em dois grupos:

→ artigos definidos: o, a, os, as;

→ artigos indefinidos: um, uma, uns, umas.

O artigo pode ser dispensado quando outro identificador – lembrando que os artigos são adjuntos adnominais – estiver explícito em uma frase. Por exemplo:

Aquele homem pegou meu livro emprestado.

Observe que o pronome demonstrativo aquele está substituindo o uso do artigo. Nota-se também que o pronome possessivo meu torna desnecessário o emprego do artigo definido o, já que no português, o uso do artigo o em “o meu livro” é redundante, embora seja muito frequente na escrita e na fala.

Outra função importante pode ser atribuída ao artigo: a função de substantivação. Ocorrerá quando o artigo estiver associado a qualquer outro tipo de palavra, sendo assim, ele exercerá o papel de substantivo.

Entre o querer e o poder existe um longo caminho.

Na frase anterior, as palavras querer e poder pertencem à classe gramatical dos verbos, mas neste caso funcionam como substantivos, pois estão precedidas por artigos.

Podem, também, combinar-se com algumas preposições, formando assim uma só palavra:

Os funcionários aderiram à (exemplo 01) paralisação defendida pelo (Exemplo 02) sindicato.
                                                     
 Exemplo 01:  a+a (preposição + artigo)       

 Exemplo 02: per/por+os (preposição + artigo)

Além de definir ou indefinir o substantivo, o artigo pode também indicar seu gênero (feminino/masculino) e número (singular/plural).

O carro (substantivo masculino e singular)

O telefonema (substantivo masculino e singular)

Uma rádio (substantivo feminino e singular)

Os carros (substantivo masculino e plural)

Sintetizando: o artigo se antepõe ao substantivo para determiná-lo ou particularizá-lo. Podem ser definidos ou indefinidos e dentre suas variadas funções, está a substantivação, que acontece quando o artigo assume o papel de substantivo em uma frase. Você aprendeu o que é o artigo e seus diferentes usos. Pode parecer complicado, mas lembre-se de que, como falantes da língua, a dominamos, portanto, basta apenas ficar atento e seguir as regras gramaticais.

Acho que está claro, não é?

Apenas se atentem ao UM que pode ser artigo indefinido ou um numeral, depende do contexto frasal.

Até mais galera.




 

terça-feira, 26 de maio de 2020

Produção de Texto Aula 17

A Aldeia dos Magos Escondidos

 

     Em um tempo antigo que não foi registrado em livros de história, houve uma guerra.

     Orcs, Humanos e Elfos lutavam entre si, alguns nem se lembravam da razão. Para poucos sábios magos humanos, aqueles que viveram o início da guerra, o motivo era vergonhoso.

     Eles sabiam que a Vaidade e a Inveja dos Homens provocaram a Guerra das Três Raças.

     Os Homens se achavam mais belos e inteligentes que os fortes e poderosos Orcs; invejavam o Poder Mágico e a Beleza pura e celestial dos Elfos. E se viam ameaçados.

     A única maneira de vencer os Orcs seria dominar as técnicas de Guerra, o combate direto era impossível, a força bruta dos Orcs era imensa. Então, deveriam aprender a fabricar e usar armas, forjar armaduras, afiar as lâminas das espadas. Por outro lado, vencer os elfos era também difícil. Como sobrepujar a magia com espadas? Como derrotar Elfos arqueiros com suas Flechas flamejantes, congelantes e que nunca erravam o alvo? Apenas aprendendo Magia a luta seria justa.

     Assim, Homens nefastos e sem remorsos, aprenderam a construir armas, escudos, imbuir pedras mágicas nas armaduras, envenenaram flechas, espadas, adagas. Encontraram livros de magia, aprenderam feitiços brancos e negros. Aprenderam técnicas de batalhas. Eles se prepararam para a Ofensiva em duas frentes. Atacariam Elfos e Orcs ao mesmo tempo.

    Enfim, a Guerra acabou! Entre os mortos, milhares de Humanos, Orcs e Elfos. Não há vencedores em qualquer guerra. Só perdas, e muitas...    Um Conselho foi reunido, com os líderes de cada raça, e decidiram unanimemente proibir a magia dos humanos, pois eles usaram-na de forma errada. Entretanto, a Magia não escolhe quem a usa; e, ao longo das batalhas, estudiosos descobriram que poucos humanos eram sensitivos à magia e podiam canalizá-la sem as palavras usadas para invocá-la. Estes magos de nascença foram mortos um a um. Matança que obrigou os poucos sobreviventes a fugir, a se esconder. Fingir que eram pessoas sem esse dom, que para alguns era uma maldição. Cada um desenvolvia um tipo de poder. Todos extremamente fortes em suas habilidades, mas se não treinadas e sem estudar os modos corretos de desenvolvê-las, ficavam inertes, adormecidas.

    E a vida seguiu...

    Aos poucos as histórias foram sendo esquecidas, memórias antigas acabam distorcidas, misturadas às invenções, lendas, mitos. Mas uma coisa nunca mudou: a Magia era proibida. Nem sabiam mais o motivo da proibição.

    Entretanto não havia como impedir que crianças continuassem a nascer. E entre elas, nasciam aquelas que tinham a força em si. Quando o poder mágico despertava, eram escondidas, separadas de seus familiares, levadas para lugares onde os caçadores de magos não poderiam chegar. Eram treinadas para fingir, esconder e nunca usar seus dons. Sempre que eram levadas para longe, para lugares onde ninguém poderia encontrá-las, havia um mentor, um mago antigo oculto, vivendo junto aos habitantes do lugarejo, para acolher e treinar as crianças nessa arte de dissimulação, de camuflagem.

    Existia uma aldeia. Muito distante.

    Essa aldeia era um porto seguro para magos por ela atraídos. Sim. Ir ao lugar não era uma escolha consciente. Era um chamado. Ao chegarem próximos, uma sensação de segurança e paz tomava aqueles que antes eram perseguidos. E assim se estabeleciam. Sempre em disfarces. Ao criar raízes no lugar, um se tornava o ferreiro, outro o padeiro, muitos arrendavam terras para plantar. Sempre escolhiam atividades onde força bruta era essencial ou que não necessitasse de amplos conhecimentos. Estudo e saber também eram ligados à magia. Parece-me que conhecimento em todas as eras é considerado perigoso. Então, dessa forma, tornavam-se úteis às pessoas do vilarejo e espantavam suspeitas com demonstrações de saberes passíveis de despertarem olhares e pensamentos curiosos.

    Após a vida se nivelar a uma linearidade tal um lago onde a água não é acarinhada pelo vento. A paz primordial que sentiam transformava-se em novo chamado. Claro que os magos reconheciam outros magos. A magia era sentida. Mas faziam de tudo para anular essa força. Tentavam a todo custo serem invisíveis. Mas eles sabiam quem era quem. De todo modo era inevitável, assim desenvolveram códigos de comunicação. Em um futuro ataque poderiam ter que unir forças para defesa.

    E a vida seguia.

    Um dia um forasteiro apareceu.

    Nesses momentos, quando há um evento novo que altera o cotidiano, o curso da vida prende a respiração.

    No instante que ele surgiu, não houve apreensões ou perguntas sobre seu passado ou interesses, mas quando ele começou a fazer perguntas, um alerta de perigo tomou conta de alguns mais desconfiados.

    O Forasteiro não era diferente de alguns viajantes que cruzavam as estradas que rasgavam o vilarejo. Era o típico peregrino que buscava trabalho em outras paragens ou estava apenas de passagem em busca de outros destinos. Normalmente esses tipos ficavam um dia ou dois na estalagem que beirava a estrada principal e logo seguiam seu rumo. Ali ninguém ficava. Não havia trabalho que sobrasse vagas ou destinos religiosos ou coisa que despertasse o interesse de ficar. Um lugar para dormir, comer e seguir seu rumo se resumia a isso; e ninguém que morava ali, realmente criava as condições para que um desconhecido quisesse ficar.

    Havia um interesse diferente nesse homem de fora.

    Ele fazia perguntas, olhava os moradores com curiosidade. Andava calmamente observando cada detalhe do lugar. Tentava ganhar a confiança dos moradores nativos ou oriundos de outros lugares como ele. Demonstrava uma vontade de estabelecer morada. Alguns não se incomodaram, ao contrário de um ferreiro.

    Esse ferreiro não era de se aproximar das pessoas em busca de amizade. Tentava depender o mínimo possível de qualquer ajuda de seus vizinhos. Ajudava, trabalhava, mas mantinha uma distância, era até um pouco frio. Prestativo, ao dispor de quem precisasse, mas sem grandes gestos de amizade, sorrisos, abraços, conversas.

   Quem observou a conversa que inesperadamente aconteceu se espantou. O ferreiro se aproximou do forasteiro e logo, sem tentar qualquer rodeio, disse:

-- Quem é você e o que quer aqui?

-- Sabe quem sou.

-- Não afirme nada. Não me interessa quem é. Seu lugar não é aqui.

-- Sabe que não oferece risco para ninguém. Que pode fazer um velho viajante em busca de morada e trabalho.

-- Não me venha com essa falácia. Sabe que os que vivem aqui querem paz.

-- Essa paz não será duradoura, meu amigo. Dê-me chance para conversar. Deixe que fale o que acontece nos sombrios corações dos homens belicosos. Não se omita. Quando a escuridão aportar aqui, não haverá muito tempo para aprontar uma defesa ou revide.

     Houve uma silenciosa troca de olhares, um media e lia a face do outro. Pareciam se comunicar mentalmente. Não era possível ver movimentos, gestos que pudessem ser lidos. A leitura era da alma de cada um através de seus olhos fixados, vidrados de cada um.

     Viraram-se e sem palavras pronunciadas foram cada qual para seu caminho. Quem assistiu ao embate de palavras, não entendeu nada. Talvez a menina que era filha da antiga dona do armazém onde os dois se encontraram.

 

Bom.

 Oi, galera. Dei uma editada no texto, corrigi algumas coisas. Aumentei outras.

Como esse texto é base de uma quest de RPG, não fiz um planejamento para ele ser muito grande, talvez umas dez páginas, mas isso é fácil de mudar.

 

Que vocês acham? A gente escreve um livro, um romance? Ou um conto e depois várias histórias nesse cenário, usando esses elementos que estamos tratando nas aulas, mitologia grega, nórdica, indígena brasileira, africana?

 

    

 

 

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Produção de Texto Aula 16 Substantivo

                                  Substantivo



Olá, galera!

Esse é o primeiro de todos, mas não é o mais importante. Esse personagem na Gramática é o responsável por ser alguma coisa. Ele dá nome para tudo.

Vou colocar aqui as definições clássicas e belas dos livros.

É a classe de palavra variável que designa ou nomeia os seres em geral.

É a classe de palavra que se caracteriza por significar o que chamamos objetos substantivos, ou seja, em primeiro lugar, substância (homem, casa, livro, cadeira) e , em segundo lugar, quaisquer outros objetos mentalmente apreendidos como substâncias: qualidade (bondade), estados (saúde), processos (chegada).

É a palavra responsável em nomear as coisas reais e irreais.

Acho que já deu para entender, não é?

Ele nomeia as coisas.

Tem tipos de substantivos:

Simples = 1 radical = Sol , chuva.

Composto = mais de 1 radical = Girassol, guarda-chuva.

Comum = designa algo genérico = caneta, lápis, carro.

Próprio = Especifica alguma coisa = Fusca, Bic.

Concreto =  Palavra que não precisa de outra para existir = Ar.

Abstrato = Sentimentos e palavras que derivam de um verbo = Amor, ódio, saudade, Bebedeira, leitura, dormideira.

Primitivo = dente.

Derivado = dentista.

Coletivo = Designa coletânea de coisas iguais: Matilha, alcateia, etc.


Flexão de Gênero

Biforme = Duas formas de apresentar masculino e feminino = Menino e menina, capitão e capitã.

Uniforme:

Comum de dois gêneros =  a palavra é definida por outra palavra externa, a palavra não se altera = a estudante, o estudante, a adolescente, o adolescente.

Sobrecomum = a mesma palavra serve para os dois gêneros = A criança.

Epiceno = As palavras epicenas determinam o gênero = o tatu macho, a capivara macho.

Epicenos servem para animais apenas.


Então é isso!

Uma importante ferramenta para identificar um substantivo é conhecer os determinantes que servem para não acrescentar um conteúdo semântico ao substantivo ou para modificar-lhe o sentido, mas para identificar sua referência por meio da situação espaço-temporal ou delimitar seu número. Por isso, são determinantes as classes dos artigos(definidos/ indefinidos), dos pronomes possessivos, demonstrativos e indefinidos e dos numerais.
Por conseguinte, esses determinantes se relacionam apenas com substantivos ou com termos que, no contexto oracional, estejam funcionando como substantivo.

Mas isso, calma que mais para a frente a gente faz uma aula só de determinantes.

Até mais!!!















terça-feira, 19 de maio de 2020

Produção de Texto Aula 15

Olá, amigos.

Por que coloquei essas aulas: Formação de palavras e Classe de palavras?

Porque quero aumentar as possibilidades de criação de narrativas na hora de compor um texto.

Alguma vez você já ficou sem palavras para descrever uma ação ou um evento ou uma tarefa que estavam fazendo?

Precisamos de repertório, vocabulário.

Senão tudo se resumiria a duas palavras: Coisa e Negócio.

 Imagina a conversa:

-- João! o quê você está fazendo?

-- Tô coisando aqui um negócio, Vó!

-- Quê, menino?

-- Tô negoçando uma coisa.

Pronto. Já vi muitas descrições assim em conversas por aí.

Tô coisando, Tô negoçando. Fazendo uma coisa, Negoçando uma coisa.

De certa forma isso vale para milhões de ações.

Comer, andar, arrumar, pegar, consertar,etc.

Engraçado que "coisar" é um verbo que pode ser usado para tudo, rs.

Mas ficaria muito chato cada ação que cumprimos na vida, a todo o momento, usar só um verbo, ou só uma cor, ou só um sabor.

Imagina:

-- Vou coisar arroz.

Está bem, mas vai fazer o que com o arroz? Plantar, colher, comer, jogar, escolher?

Entenderam a importância de conhecer a classe da palavra? Para que ela serve, qual a função, qual a posição na frase, etc.

Falaremos mais sobre isso em breve, nas próximas aulas.






Produção de Texto Aula 14

Olá, amigos!

Vocês notaram que a última aula tratou das classes de palavras ou classes gramaticais.

Nas videoaulas, já falei disso: da fala, do sistema, da língua. Lá explico as definições e diferenças.

Claro que cedo ou tarde deveríamos abordar mais a fundo esse aspecto: A gramática.

A gramática é a sistematização da nossa língua.


Na língua portuguesa, uma palavra pode ser definida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto. A função da palavra é representar partes do pensamento humano, e por isto ela constitui uma unidade da linguagem humana.

Então, vamos às definições.

Formação de palavras

A formação de palavras é feita por dois processos principais: a derivação e a composição. Contudo, existem também outros processos de formação de palavras que, embora com menor regularidade e sistematicidade, contribuem para a formação de novas palavras, como a abreviação, a reduplicação, o hibridismo, a combinação e a intensificação.

Derivação

Na derivação, a formação de uma nova palavra ocorre a partir de uma única palavra simples ou radical, ao qual se juntam afixos, formando uma nova palavra com significação própria.

Existem cinco tipos de derivação: derivação prefixal, derivação sufixal, derivação parassintética, derivação regressiva e derivação imprópria.

Derivação prefixal

Na derivação prefixal acrescenta-se um prefixo a uma palavra já existente.

  • desnecessário (des- + necessário)
  • contramão (contra- + mão)
  • antebraço (ante- + braço)
  • infeliz (in- + feliz)

Derivação sufixal

Na derivação sufixal acrescenta-se um sufixo a uma palavra já existente

  • ciumento (ciúme + -ento)
  • velozmente (veloz + -mente)
  • orgulhoso (orgulho + -oso)
  • namorico (namoro + ico)

Derivação parassintética

Na derivação parassintética acrescenta-se simultaneamente um sufixo e um prefixo a uma palavra já existente

  • espairecer (es- + pairar + -ecer)
  • esquentar (es- + quente + -ar)
  • entediar (en- + tédio + -ar)
  • desgelar (des- + gelo + -ar)

Derivação regressiva

Na derivação regressiva, também chamada de formação deverbal, ocorre redução da palavra primitiva e não acréscimo.

  • boteco (de botequim)
  • dispensa (do verbo dispensar)
  • bandeja (do verbo bandejar)
  • remoinho (do verbo remoinhar)

Derivação imprópria

Na derivação imprópria, atualmente chamada de conversão por algumas gramáticas, não há alteração da palavra primitiva, que permanece igual. Há, contudo, mudança de classe gramatical com consequente mudança de significado: verbos passam a substantivos, adjetivos passam a advérbios, substantivos passam a adjetivos,...

  • jantar (verbo para substantivo)
  • andar (verbo para substantivo)
  • prodígio (substantivo para adjetivo)
  • baixo (adjetivo para advérbio)

Composição

Na composição, a formação de uma nova palavra ocorre a partir da junção de duas ou mais palavras simples ou radicais. Formam-se assim palavras compostas com significação própria.

O processo de composição pode ocorrer por justaposição ou por aglutinação.

Composição por aglutinação

Ocorre composição por aglutinação quando há alteração das palavras formadoras. Ocorre a fusão de duas ou mais palavras simples ou radicais, havendo supressão de fonemas. Os elementos formadores perdem, assim, a sua identidade ortográfica e fonológica porque a nova palavra composta apresenta apenas um acento tônico.

  • aguardente (água + ardente);
  • embora (em + boa + hora);
  • planalto (plano + alto);
  • vinagre (vinho + acre).

Composição por justaposição

Ocorre composição por justaposição quando não há alteração das palavras formadoras. Ocorre apenas a junção de duas ou mais palavras simples ou radicais, que mantêm a mesma ortográfica e acentuação que apresentavam antes do processo de composição. A maior parte das palavras compostas por justaposição estão ligadas com um hífen. Contudo, é possível a escrita de palavras compostas por justaposição sem hífen ou apenas escritas juntas.

  • arco-íris;
  • beija-flor;
  • guarda-chuva;
  • segunda-feira;
  • chapéu de chuva;
  • fim de semana;
  • girassol;
  • paraquedas;
  • passatempo;
  • pontapé.

Abreviação

Na abreviação é apenas utilizada parte da palavra, em vez de ser utilizada a palavra na sua totalidade. Essa parte de palavra passa a existir como uma palavra autônoma. Neste tipo de formação de palavras estão incluídas formas reduzidas das palavras, como vídeo (de videocassete) e também as siglas, formadas pelas letras iniciais de um nome composto por duas ou mais palavras.

  • foto (de fotografia);
  • moto (de motocicleta);
  • pneu (de pneumático);
  • ONU (Organização das Nações Unidas);
  • PUC (Pontifícia Universidade Católica);
  • FAB (Força Aérea Brasileira).

Reduplicação

Na reduplicação ocorre a repetição de vogais ou consoantes na formação de uma palavra imitativa. Neste tipo de formação de palavras também estão incluídas as palavras onomatopaicas. A reduplicação é também chamada de duplicação silábica.

  • pingue-pongue
  • tique-taque
  • bombom
  • zum-zum
  • pipilar

Hibridismo

No hibridismo ocorre a junção de palavras simples ou radicais provenientes de línguas diferentes.

  • monóculo (grego mono + latim oculus)
  • nonacosaedro (latim nona + grego cosa e edro)
  • sociologia (latim socio + grego logia)

Combinação

Na combinação ocorre a formação de uma nova palavras através da junção de partes de outras palavras.

  • aborrecente (aborrecer + adolescente)
  • portunhol (português + espanhol)
  • showmício (show + comício)

Intensificação

Na intensificação ocorre a criação de uma nova palavra através do alargamento do sufixo de uma palavra existente. Ocorre maioritariamente na utilização do sufixo verbal -izar.

  • obstaculizar (em vez de obstar)
  • protocolizar (em vez de protocolar)
  • culpabilizar (em vez de culpar)

Pergaminho do Mestre

 Olá, Aventureiro! Se está aqui, decifrou o pergaminho.  Agora deve ir ao Mestre do Jogo e perguntar onde você e seu grupo devem encontrar a...