domingo, 6 de novembro de 2011

Concerto Pedagógico - Tema 1


Música Renascentista.

O período da Renascença se caracteriza, na história da Europa Ocidental, sobretudo, pelo enorme interesse devotado ao saber e a cultura, particularmente a muitas idéias dos antigos gregos e romanos. Foi também uma idade de grandes descobertas e explorações. Notáveis avanços se processavam na ciência e astronomia. O homem explorava igualmente os mistérios de suas emoções e de seu espírito, desenvolvendo uma fina percepção de si próprio e do mundo ao seu redor. Nesse período, os compositores passaram a ter um interesse muito mais vivo pela música profana, inclusive em escrever peças para instrumentos, já não mais usadas somente com a finalidade de acompanhar vozes.

Na Renascença, a Música deixa de ser do domínio exclusivo da Igreja e os compositores passaram a ter um interesse maior pela música profana, inclusive em escrever peças para instrumentos, já não mais usadas apenas para acompanhar vozes. No entanto, os maiores tesouros musicais renascentistas foram compostos para Igreja, num estilo descrito como “polifonia coral”- música contrapontística para um ou mais coros, com diversos cantores encarregados de cada parte vocal. Boa quantidade dessa música devia ser cantada a cappella. As principais formas de música sacra continuaram sendo a missa e o motete, escritos no mínimo para quatro vozes, pois os compositores começaram a explorar os registros abaixo do tenor, escrevendo a parte que agora chamamos de baixo. A música ainda se baseava em modos, mas estes foram gradualmente sendo usados com maior liberdade, já que cada vez mais eram introduzidas notas “estranhas” ou “acidentais”, ao que chamavam “música ficta”. As técnicas medievais, como o hoqueto e o isorritmo, foram esquecidas, mas até 1550 as missas e motetos ainda tinham um cantus-firmus a fundamentá-las. No entanto, em vez de um cantochão servindo de base melódica, os compositores passaram a usar canções populares! Embora, nessa música, a polifonia seja o aspecto mais importante, a harmonia, por seu lado, começava a ganhar corpo, com compositores renascentistas cada vez mais conscientes do arcabouço vertical dos acordes que suportam a trama horizontal do contraponto.   Paralelamente ao desenvolvimento da música sacra renascentista, houve o rico florescimento das canções populares, surpreendentemente variadas em estilo e expressando todo tipo de emoções e estados de espírito. Umas têm a tessitura extremamente contrapontística e outras são construídas com acordes, soando num alegre e bem ritmado tempo de dança. Dentre as várias modalidades de canções, incluem-se a frótola e o madrigal  italianos, o Lied alemão, o villancico espanhol e a canção francesa. Em 1588, uma série de madrigais italianos, com versos em inglês, foi publicada na Inglaterra, causando grande entusiasmo. Logo, os compositores ingleses estavam compondo seus próprios madrigais, que passaram a ser cantadas em todos os lares de famílias apaixonadas pela música. Chegou haver três tipos de madrigal na Inglaterra: o madrigal tradicional – caracteriza-se por não ter refrão e quase sempre, é uma música contrapontística. Versos e música mantêm-se em estreita associação, e o compositor não perde a ocasião para ilustrar musicalmente os significados de certas palavras, o ballett – era ao mesmo tempo, dançado e cantado. Seu estilo, mais leve que o do madrigal tradicional, apresenta um ritmo bem acentuado e a tessitura é principalmente trabalhada com acordes, e o ayre  –as  partituras dessas músicas eram impressas ocupando duas páginas fronteiras de um livro, ou seja, a melodia ficava na página esquerda e as partes dos registros baixos, na direita, impressas em três sentidos de modo que os executantes, sentados a volta de uma mesa, pudessem compartilhar do mesmo livro e podendo ser executada de várias maneiras: um solo vocal com acompanhamento instrumental; ou com todas as partes executadas por vozes, com ou sem acompanhamento instrumental.   Tanto na Idade Média como na Renascença, os instrumentos musicais se dividiam em dois grandes grupos: os instrumentos bas (baixo) – destinados a música doméstica, e os haut (alto) - para serem tocados em igrejas, grandes salões ou a céu aberto. Certos instrumentos, como as charamelas, as flautas e alguns tipos de cornetos medievais, continuavam populares. Outros, como o alaúde, foram modificados e aperfeiçoados. E, naturalmente, muitos foram inventados. Muitos instrumentos eram produzidos em famílias (o mesmo instrumento fabricado em diferentes tamanhos de modo a haver uma variedade de registros, mas em diversas afinações.)   Os elisabetanos designavam um grupo de instrumentos tocado em conjunto por consort. Quando os instrumentos eram da mesma família, tinha-se um whole consort, e quando eram de famílias diferentes, um broken consort.   Em muitos lares elisabetanos, além de flautas, alaúdes e violas, havia também um instrumento de teclado como um pequeno órgão, ou um clavicórdio ou um virginal, o mais popular instrumento de teclado. Este, na verdade, era uma forma simplificada do cravo, pois, para cada nota, tinha uma só corda que corria paralelamente ao teclado.   A maioria dos compositores elisabetanos escreveu peças para virginal.  Logo descobriram um bom estilo para teclado, bem condizente com o instrumento: acordes espaçados, ornamentos cintilantes, muitas escalas corridas e passagens virtuosísticas. Das muitas coleções de peças para virginal, as mais conhecidas são Parthenia  - “a primeira música jamais impressa para Virginal”-, que compreende 21 composições de Byrd, Bull e Gibbons, e The Fitzwilliam Virginal Book, com quase 300 peças de muitos compositores elisabetanos. Algumas dessas composições, como as fantasias, são em estilo contrapontístico. Outras são arranjos de canções populares da época, e muitas são música de dança, como as allemandes e as courantes.  Uma forma de estruturação muito apreciada pelos  elisabetanos era fazer com que cada parte da música fosse seguida por uma repetição mais ornamentada, ou variada.  O compositor podia escrever uma longa trama de variações sobre uma melodia, fazendo-as crescer gradualmente em interesse através do uso de ornamentações, notas repetidas e motivos rápidos e ligeiros alternando-se pelas duas mãos.













BRASIL(Renascença)

Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Para isso, os portugueses utilizaram a mão de obra indígena. Neste caso, para o pagamento da mão de obra, foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.

Brasil Colônia ou Brasil colonial é como é chamado o período colonial brasileiro pela historiografia. Durante este período, o território brasileiro constituía-se em uma colônia do império ultramarino português.

Tal período sucede ao Brasil pré-colonial, que se iniciou em 1501, um ano após a descoberta do território brasileiro, e que termina em 1530, após a chegada de alguns portugueses e o início da exploração e colonização do novo território, embora tenha sido mais presente a exploração.
Eventualmente, França e Países Baixos conquistaram o domínio de regiões estratégicas como, por exemplo, a ilha de São Luís do Maranhão (França Equinocial), a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (França Antártica) a cidade de Recife e parte dos atuais estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte (Nova Holanda).
A despeito destas ocupações, manteve-se, no período colonial, a unidade lingüística e cultura herdada dos portugueses.
O período colonial pode ser subdividido nas seguintes categorias:
Ciclo do pau-brasil (1500 a 1530)
- Chegada dos portugueses ao Brasil em 22 de abril de 1500.
- Portugueses começam a extrair o pau-brasil da região litorânea, usando mão-de-obra indígena. A madeira era comercializada na Europa.
- Os portugueses construíram feitorias no litoral para servirem de armazéns de madeira.
- Nesta fase os portugueses não se fixaram, vinham apenas para explorar a pau-brasil e retornavam.
- Época marcada por ataques estrangeiros (ingleses, franceses e holandeses) à costa brasileira.
Ciclo do açúcar (1530 até século XVII)
- Em 1530 chega ao Brasil a expedição de Martim Afonso de Souza com objetivo de dar início a colonização do Brasil e iniciar o cultivo da cana-de-açúcar.
- A região Nordeste é escolhida para o cultivo da cana-de-açúcar em função do solo e clima favoráveis.
- Em 1534 a Coroa portuguesa cria o sistema de Capitanias Hereditárias para dividir o território brasileiro, facilitando a administração. O sistema fracassou e foi extinto em 1759.
- Em 1549 foi criado pela coroa portuguesa o Governo-Geral, que era uma representação do rei português no Brasil, com a função de administrar a colônia.
- A capital do Brasil é estabelecida em Salvador. A região nordeste torna-se a mais próspera do Brasil em função da economia impulsionada pela produção e comércio do açúcar.
- Nos engenhos de açúcar do Nordeste é usada a mão-de-obra  escrava de origem africana.

- Invasão holandesa no Brasil entre os anos de 1630 e 1654, com a administração de Maurício de Nassau.

- Nos séculos XVI e XVII, os bandeirantes começam a explorar o interior do Brasil em busca de índios, escravos fugitivos e metais preciosos. Com isso, ampliam as fronteiras do Brasil além do Tratado de Tordesilhas.
Ciclo do ouro (século XVIII)
- Em meados do século XVIII começam a serem descobertas as primeiras minas de ouro na região de Minas Gerais.
- O centro econômico desloca-se para a região Sudeste.
- A mão-de-obra nas minas, assim como nos engenhos, continua sendo a escrava de origem africana.
- A Coroa Portuguesa cria uma série de impostos e taxas para lucrar com a exploração do ouro no Brasil. Entre os principais impostos estava o quinto.
- Grande crescimento das cidades na região das minas, com grande urbanização, geração de empregos e desenvolvimento econômico.
- A capital é transferida para a cidade do Rio de Janeiro.
- No campo artístico destaque para o Barroco Mineiro e seu principal representante: Aleijadinho.











MUNDO(Renascença)

1500 - Chegada Portuguesa da armada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil
1503 - Leonardo da Vinci inicia a pintura da Mona Lisa que conclui três ou quatro anos depois.
1506 - Massacre de Lisboa, centenas de Judeus e Cristãos-Novos são mortos.
1509 - Coroação do rei Henrique VIII de Inglaterra
1510 - Conquista de Goa por Afonso de Albuquerque, futura capital da Índia Portuguesa
1511 - Conquista de Malaca; Albuquerque envia os primeiros navios às "Ilhas das Especiarias" (Molucas)
1512 - O teto da Capela Sistina, pintado por Michelangelo Buonarroti é exibido ao público pela primeira vez
1513 - Jorge Álvares é o primeiro europeu a aportar na China, na Ilha de Lintin.
1513 - Vasco Núñez de Balboa, ao serviço de Espanha, atravessa o istmo do Panamá e é o primeiro europeu a avistar o Oceano Pacífico (a que chama "Mar del Sur").
1513 - Maquiavel escreve O Príncipe, um tratado de filosofia política.
1514 - Grande Embaixada enviada pelo rei D. Manuel I ao Papa Leão X chefiada por Tristão da Cunha.
1516/1517 - os Otomanos derrotam os mamelucos e controlam o Egito, o litoral da Arábia Saudita e o Levante.
1517 - Martinho Lutero publica as Noventa e Cinco Teses. Início da Reforma.
1519 - Morre Leonardo da Vinci.
1519/1522 - Primeira viagem de circunavegação da Terra por Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano
1523 - A Suécia torna-se independente da União de Kalmar.
1524 - O italiano Giovanni da Verrazano explora a costa norte-americana ao serviço ao Rei de França, desembarca na atual Staten Island, Nova Iorque.
1527 - Saque de Roma, pelo exercito Imperial de Carlos V e seus mercenários alemães.
1529 - Os austríacos derrotam o Império Otomano no cerco de Viena.
1529 - Tratado de Saragoça entre e D. João III estabelece o meridiano (de Tordesilhas) no Oriente, deixando as Ilhas Molucas na zona portuguesa.
1531 - Guerra Civil Inca travada entre os irmãos Atahualpa e Huascar.
1532 - Francisco Pizarro lidera a conquista espanhola do Império Inca.
1532 - D.João III de Portugal institui quinze capitanias hereditárias no esforço de defender o território no Brasil,
1532 - Martin Afonso de Souza inicia no Brasil a cultura de uva.
1534 - O rei inglês Henrique VIII (1491-1547) queria anular seu primeiro casamento com Catarina de Aragão para se unir a Ana Bolena. Após a recusa do papa Clemente VII, ele rompeu com a Igreja Católica e criou a Igreja Anglicana em 1534, ficando livre da interferência papal.
1534 - Os Otomanos conquistam Bagdá.
1535 - Portugueses chefiados pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho desembarcaram na Capitania do Espírito Santo e fundam a Vila do Espírito Santo, atual Vila Velha.
1536 - Estabelecimento da Inquisição em Portugal
1543 - Primeiros mercadores portugueses, com Fernão Mendes Pinto, chegam a Tanegashima no Japão.
1545 - Primeira sessão do Concílio de Trento. A última sessão decorrerá em 1563.
1548 - A dinastia Ming decreta a proibição do comércio externo e fecha todos os portos marítimos da China.
1548 - Criado o primeiro Governo Geral do Brasil com Tomé de Sousa por governador.
1549 - Tomé de Sousa funda Salvador, nomeada capital, sem nunca ter sido província.
1554 - Fundação da cidade de São Paulo pelos padres jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega.
1557 - Macau é cedida aos portugueses pelo imperador chinês Chi-Tsung
1557 - Espanha é a primeira nação soberana na história a declarar falência. Filipe II de Espanha declarou quatro falências do estado em 1557, 1560, 1575 e 1596.
1560 - Estabelecimento da Inquisição em Goa.
1565 - Fundação da cidade do Rio de Janeiro, por Estácio de Sá.
1565 - A Ordem de Malta derrota os Otomanos no Cerco de Malta
1571 - Batalha de Lepanto, uma esquadra da Liga Santa, sob o comando de João da Áustria, vence os Otomanos.
1572 - Primeira edição de Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões, três anos após o autor regressar do Oriente.
1578 - Em Marrocos na Batalha de Alcácer-Quibir morre o rei Sebastião de Portugal e parte da nobreza portuguesa.
1580 - Após a Crise de sucessão Portugal perde a independência para Espanha; morre Luis Vaz de Camões.
1582 - O calendário gregoriano é introduzido na Europa pelo Papa Gregório XIII e adotado pelos países católicos.
1588 - A Armada Invencível, enviada por Filipe II de Espanha contra a Inglaterra, é derrotada na costa inglesa.
1599 - William Shakespeare escreve a tragédia Hamlet

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