terça-feira, 19 de julho de 2016

Música Pura # 2

     Para que serve música?
     Respondendo essa questão deixada ao fim da última coluna, devo considerar alguns pontos:
     - A minha experiência e o testemunho da experiência de meus alunos.
    Embora eu não pretenda absolutamente definir nada, nem guiar ninguém em direção do meu gosto ou o que acredito. Acho importante dividir esses pensamentos: Há definições que são pessoais e definições que são convencionadas. Vamos tratar das definições discutidas em sala de aula.
    Meus alunos em muitos casos dizem que música é para se divertir, para cantar, para apenas ouvir, para lembrar ou para ficar triste e ou alegre. Cada um tem a sua preferência. Muitos falam que música é para dançar, para mexer com a gente. Enfim, Música é para tudo. E nos damos conta que o som, musical ou não, está em todo lugar. E ficamos pensando o que define essas utilidades. Pergunto se eles têm o hábito de ouvir. Os menores escutam o que os pais têm o hábito de ouvir e adolescentes geralmente escutam o que os grupos onde vivem e frequentam, têm como preferência. Entretanto, esse texto não tem cunho antropológico ou social. Quero definir onde a música está na vida de cada um. São estudantes de música, sendo assim devem ter um interesse diferente.
     Assim que localizamos a música no cotidiano de cada um e separamos o momento onde cada um apenas ouve suas músicas favoritas, pergunto: “Você está lá deitado de olhos fechados ouvindo a banda de rock que você mais gosta o que te agrada? O que te atrai? O que te deixa interessado em ouvir mais?”.
Muitas dúvidas aparecem nesse momento. Nunca pararam para notar esses aspectos. Mas respondem que é bom, que é legal ou que é dá hora, Seu!
     Essas respostas são muito verdadeiras porque o intenso prazer que se sente ao escutar música provoca no cérebro a liberação de dopamina, um neurotransmissor que serve para avaliar ou recompensar prazeres específicos associados à alimentação, drogas ou dinheiro. A dopamina serve para reforçar alguns comportamentos essenciais à sobrevivência (alimentação), ou pode ainda desempenhar um papel na motivação (recompensa secundária através do dinheiro). O que não se sabia, no entanto, era como a substância poderia estar envolvida no prazer abstrato – como ouvir música.
     Voltando ao ponto principal, Música serve para dar prazer. Ouvimos porque é bom e pronto. Pensando assim, biologicamente, qualquer música ou som vai criar o mesmo efeito. Então por que produzimos tantas coisas diferentes? Experimentamos timbres, variamos a Altura (frequência – grave ou agudo)? Sobrepomos melodias? Alteramos acordes e harmonias?
     Nessa hora acontece a inevitável pergunta: Por que professor você escuta essas músicas? Por que seu gosto é diferente do nosso?


Música Pura # 1

     Sempre pergunto em minhas aulas duas coisas: O que é Música? Para que serve Música? E colho diversas respostas.  “Música é letra”. “Música é para dançar”. “Música é para lembrar”. “Música é tocar um instrumento”. Mas basicamente esses alunos não conseguem atingir um ponto comum. Nesse ponto pergunto do que é feita a Música. Rapidamente respondem: “Letra e instrumentos”. Pergunto de novo, sem nunca antes deixar de falar: “Letra não é música”. Letra é literatura, poesia, outra coisa. Deixo isso para depois. E sigo. Instrumento faz o quê? “Música!” Respondem indignados. Então, música e som é a mesma coisa? Novamente pergunto: E agora o que é música? “Música é som”. Mas música é qualquer som? Antes que me joguem fora da sala explico que qualquer som ordenado pode ser entendido como música. Se a partir de um momento determinarmos um pulso ou conseguirmos prever o momento que acontecerá um som, sim! É música! “Professor qualquer som ordenado pode ser música?” Sim, pode. Mas até agora determinamos um conceito do que é. A estética ou beleza e se gostamos ou não é outra coisa. Já que o som é o material que usamos para fazer música, devemos analisar as propriedades do som: Se ele é curto ou longo, Agudo ou Grave, Intenso ou fraco (volume), e onde é produzido (timbre). O próximo passo é saber os elementos da música. Se o som for sozinho, tocado um de cada vez é uma melodia. Se tocarmos dois ou mais ao mesmo tempo é harmonia e a maneira que eles aparecem no tempo é o ritmo.
     Agora vamos fazer um pouco de música. “Como professor?”. Um estalo de dedos seguido de duas batidas das palmas das mãos é música. Temos aí melodia e ritmo e dois sons diferentes. Ainda não estamos falando de sons tonais (Sons regulares: Dó, RÉ, Mi, etc.). São sons irregulares (percussivos sem poder verificar uma vibração que torne o som regular- O Lá do diapasão tem 440 hz por exemplo). Mas mesmo com palmas podemos fazer uma infinidade de variações rítmicas que no fim são música. Na internet há uma variedade grande de grupos de percussão corporal que acho interessante pesquisar. “Barbatuques” é um que recomendo.
     A Música nesse aspecto de ritmo e percussão é muito natural e fácil de produzir. Talvez isso explique a abundante safra de músicas extremamente dançantes e fáceis que há na indústria pop. Entretanto isso é assunto para outra conversa.
     Batam palmas em velocidades diferentes, em volumes diferentes. Estalem os dedos entre uma palma e outra. Ou a cada duas ou a cada três. A vida é curta demais para apenas ouvir. Está na hora de começar a fazer música.

     Mais tarde explico a conclusão dos alunos da pergunta: “Para que serve música?”.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Um pouco de mim.

Guto Domingues
Iniciou-se na música, com oito anos, em 1985 tendo aulas particulares com Huascar Thomé de Souza até meados de 1992, com Edmauro Benedito de Oliveira entre 1992 e 1994 , ingressando na Escola Municipal "Fêgo Camargo" em Taubaté, em 1995 e  concluindo o Curso Técnico em Música em dezembro de 1997 com o professor Mário César Dias. Durante esse período (1985-1997) prosseguiu  seus estudos de música e violão participando como ouvinte em palestras, workshops e masterclass ministrados por Edelton Gloeden, Paulo Bellinati, Paulo Porto Alegre, Silas Santana e Olmir Stocker (Alemão).
Desde 1994 leciona violão e guitarra, tendo lecionado nos municípios de Lorena, Guaratinguetá, Cachoeira Paulista, Cruzeiro e São Paulo.

Paralelamente aos estudos tocou em diversas bandas e acompanhou vários artistas: Dunga, Eliana Ribeiro, Nelsinho Correa, Ricardo Sá, Salete Ferreira, Flavinho, Pe Jonas, Pe Antonio Maria, Pe Marcelo Rossi, Banda Canção Nova, Cristoatividade, Mensagem Brasil e Roberto Carlos.

Trabalhou na TV Canção Nova entre 1995 e 1997. E na Sony Music em 1999.

Ao longo de sua trajetória profissional, apresentou-se em diversos recitais realizados pela Casa da Cultura de Lorena nos Teatros São Joaquim, em praças, escolas. Recitais no MASP, em São Paulo, no teatro Mario Covas em Caraguatatuba.

Guto Domingues (como é mais conhecido) também foi vencedor do "Festival De Música Vicentina" FEMUV como melhor Arranjador em 2001.

Ocupou o cargo de professor de violão e guitarra no Instituto Musical Trilha Sonora em Cachoeira Paulista de 2009 até 2014.
Projeto Guri, polos Lorena e Cachoeira Paulista.

Vencedor do Mapa Cultural Paulista edição 2013 - 2014. Categoria música instrumental solo.
Apresentou-se no Festival de Inverno de Cachoeira Paulista edição 2013, 2014 e 2015.
Diretor da Camerata de Violões de Lorena.
Diretor do Lorena Guitar Ensemble.
I Festival de Música do Projeto Guri em 2013.
Masterclass com Breno Chaves e Thiago Abdalla.
Apresentou-se no auditório Claudio Santoro com a Camerata formada pelos bolsistas do Festival do Projeto Guri com o clarinetista italiano Luca Lucciano, integrantes do Quarteto Tau e dos percussionistas Rafael Y Castro e Julio Barro.

Também é escritor e seu primeiro livro “Conspiração Nazi” foi publicado em junho de 2015.

Pergaminho do Mestre

 Olá, Aventureiro! Se está aqui, decifrou o pergaminho.  Agora deve ir ao Mestre do Jogo e perguntar onde você e seu grupo devem encontrar a...