segunda-feira, 8 de junho de 2020

Produção de Texto Aula 26 Conjunção

Conjunção

Conjunções são palavras que atuam como elementos de ligação entre termos semelhantes de uma oração ou entre duas orações, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação.

As conjunções são invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.

Exemplo de conjunção ligando termos de uma oração:
Vi sua mãe e seu pai na feira.

Exemplo de conjunção ligando orações:
Estudei muito e aprendi a matéria.

Classificação das conjunções

As conjunções estabelecem relações de coordenação ou subordinação, sendo assim classificadas em conjunções coordenativas e conjunções subordinativas.

Conjunções coordenativas

As conjunções são classificadas como coordenativas quando ligam orações com sentido completo, que têm existência independente.

Conjunções coordenativas aditivas

Transmitem uma ideia de adição:

  • e;
  • nem;
  • também;
  • bem como;
  • não só...mas também;

Exemplo: Eu vou para Teresópolis e a Heloísa vai comigo.

Conjunções coordenativas adversativas

Transmitem uma ideia de oposição:

  • mas;
  • porém;
  • contudo;
  • todavia;
  • entretanto;
  • no entanto;
  • não obstante;

Exemplo: Eu esperei por você, mas você não veio.

Conjunções coordenativas alternativas

Transmitem uma ideia de alternância:

  • ou;
  • ou...ou;
  • já…já;
  • ora...ora;
  • quer...quer;
  • seja...seja;

Exemplo: Já chega de televisão: leia um livro ou jogue um jogo.

Conjunções coordenativas conclusivas

Transmitem uma ideia de conclusão:

  • logo;
  • pois;
  • portanto;
  • assim;
  • por isso;
  • por consequência;
  • por conseguinte;

Exemplo: Já fiz todas as tarefas, por isso vou descansar.

Conjunções coordenativas explicativas

Transmitem uma ideia de explicação:

  • que;
  • porque;
  • porquanto;
  • pois;
  • isto é;

Exemplo: Venha a minha casa hoje à noite, que estará lá o meu irmão.

Conjunções subordinativas

As conjunções são classificadas como subordinativas quando ligam orações que dependem uma da outra para ter sentido completo, não tendo existência independente. Podem ser integrantes, introduzindo orações substantivas, ou adverbiais, introduzindo orações adverbiais.

Conjunções subordinativas integrantes

Introduzem uma oração que atua como sujeito, objeto direto, objeto indireto e predicativo, entre outros, e que completa o sentido da oração principal:

  • que;
  • se.

Exemplo: Espero que meu pai chegue rápido.

Conjunções subordinativas adverbiais causais

Introduzem uma oração que apresenta a causa do acontecimento da oração principal:

  • porque;
  • que;
  • porquanto;
  • visto que;
  • uma vez que
  • já que;
  • pois que;
  • como;

Exemplo: Ela não esperou por mim porque já estava atrasada.

Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas

Introduzem uma oração que apresenta a consequência do acontecimento da oração principal:

  • que;
  • tanto que;
  • tão que;
  • tal que;
  • tamanho que;
  • de forma que;
  • de modo que;
  • de sorte que;
  • de tal forma que;

Exemplo: Meu filho correu como um louco, tanto que ficou cheio de dores nas pernas.

Conjunções subordinativas adverbiais finais

Introduzem uma oração que apresenta o fim ou finalidade do acontecimento da oração principal:

  • a fim de que;
  • para que;
  • que;

Exemplo: Li muitas vezes a receita, para que não houvesse erros.

Conjunções subordinativas adverbiais temporais

Introduzem uma oração que apresenta uma circunstância de tempo ao acontecimento da oração principal:

  • quando;
  • enquanto;
  • agora que;
  • logo que;
  • desde que;
  • assim que;
  • tanto que;
  • apenas;

Exemplo: Assim que saí de casa, começou a chover.

Conjunções subordinativas adverbiais condicionais

Introduzem uma oração que apresenta uma condição para a realização ou não do acontecimento da oração principal:

  • se;
  • caso;
  • desde;
  • salvo se;
  • desde que;
  • exceto se;
  • contando que;

Exemplo: Se você comer tudo, você poderá comer sobremesa.

Conjunções subordinativas adverbiais concessivas

Introduzem uma oração que apresenta uma ideia de contraste e contradição do acontecimento da oração principal:

  • embora;
  • conquanto;
  • ainda que;
  • mesmo que;
  • se bem que;
  • posto que;

Exemplo: Embora não concorde, cumprirei com minha parte do plano.

Conjunções subordinativas adverbiais comparativas

Introduzem uma oração que apresenta uma comparação com o acontecimento da oração principal:

  • como;
  • assim como;
  • tal;
  • qual;
  • tanto como;

Exemplo: Já não quero estudar piano, como já não quero estudar viola.

Conjunções subordinativas adverbiais conformativas

Introduzem uma oração que apresenta uma ideia de conformidade em relação ao acontecimento da oração principal:

  • conforme;
  • como;
  • consoante;
  • segundo;

Exemplo: Nunca soube dividir conforme aprendi na escola.

Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais

Introduzem uma oração que apresenta uma ideia de proporcionalidade com o acontecimento da oração principal:

  • à proporção que;
  • à medida que;
  • ao passo que;
  • quanto mais… mais;

Exemplo: À medida que o tempo ia passando, ela ia envelhecendo rapidamente.

Nota: Apesar de incluir o modo nas circunstâncias expressas por advérbios, a Nomenclatura Gramatical Brasileira não reconhece as conjunções subordinativas adverbiais modais.

Conjunções e locuções conjuntivas

Locuções conjuntivas são um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como uma conjunção, ligando orações.

A maior parte das locuções conjuntivas terminam em que:

  • visto que;
  • dado que;
  • posto que;
  • sem que;
  • até que;
  • antes que;
  • já que;
  • desde que;
  • ainda que;
  • por mais que;
  • à medida que;
  • à proporção que;
  • logo que;
  • a fim de que;
  • se bem que;
  • contanto que;
  • ...

 

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Produção de Texto Aula 25 Advérbio

Advérbio

O advérbio é um termo modificador que, de maneira independente, expressa uma circunstância (de lugar, de tempo, de modo, de intensidade, de condição, dentre outras) e desempenha na oração a função de adjunto adverbial. Em geral, as gramáticas classificam o advérbio por sua função como modificador do verbo.

 Exemplo:

Ela sempre escrevia notícias de sua cidade. Contava para o mundo como andavam os acontecimentos ali. Narrava os fatos, descrevia as pessoas, criava algumas mentiras, e seguia assim a vida.

 

Palavras que denotam circunstância:

 

    “sempre”: advérbio de tempo

    “ali”: advérbio de lugar

    “assim”: advérbio de modo

 

A essa função fundamental de modificador, certos advérbios acrescentam outras que lhes são privativas.

Assim, os chamados advérbios de intensidade e formas semanticamente correlatas podem reforçar o sentindo:

    De um adjetivo:

    Antes de escrever aquela notícia, ela teve com o cidadão uma profunda conversa, muito gratificante e ampla.

    De um advérbio:

    Senti-me bem mal ao ler aquela notícia.

    De uma oração:

    Infelizmente, nenhuma notícia daquele texto lhe oferecia bons acontecimentos.

 

O uso do advérbio como modificador de uma oração, geralmente ocorre com o termo destacado no início ou no fim da oração. Deste modo, o advérbio pode se separar por uma pausa clara na oralidade, ou registrada na escrita por vírgula.

 

Conforme Evanildo Bechara, em “Moderna Gramática Portuguesa”, os advérbios também podem exercer a sua função de modificador de um substantivo, quando este é compreendido como uma característica que a substância apresenta, por exemplo: Escritores assim não merecem leitores.

 

Sobre essa função de modificador e a possibilidade do advérbio modificar diferentes classes de palavras, Bechara cita o estudo de Mattoso Câmara que afirma: “perturba a descrição e a demarcação classificatória a extrema mobilidade semântica e funcional que caracteriza os advérbios”.

Classificação dos advérbios

 

Essencialmente, os advérbios são os termos que assinalam a posição do falante ou o modo como ele verifica a situação. Ou seja, o interlocutor faz uso de expressões adverbiais para marcar sua posição temporal ou espacial, ou ainda o modo como este vê o que está contextualizado na oração.

 

Em geral, as gramáticas apresentam a denominação da circunstância ou de outra ideia acessória que os advérbios expressam.

 

A Nomenclatura Gramatical Brasileira distingue as seguintes classificações:

 

    Advérbios de afirmação: sim, certamente, efetivamente, realmente, etc.;

    Advérbios de dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, etc.;

    Advérbios de intensidade: bastante, bem, demais, mais, menos, pouco, muito, quanto, quão, quase, tanto, tão, etc.;

    Advérbios de lugar: abaixo, acima, adiante, aí, além, ali, aquém, aqui, atrás, através, cá, defronte, dentro, detrás, fora, junto, lá, longe, onde, perto, etc.;

    Advérbios de modo: assim, bem, debalde, depressa, devagar, mal, melhor, pior e quase todos terminados em –mente: fielmente, levemente, etc.;

    Advérbios de negação: não;

    Advérbios de tempo: agora, ainda, amanhã, anteontem, antes, breve, cedo, depois, então, hoje, já, jamais, logo, nunca, ontem, outrora, sempre, tarde, etc.

 

A classificação dos advérbios se pauta pelos valores léxicos e semânticos das palavras ou ainda por critérios funcionais. No primeiro caso, os advérbios são denotados pelas classificações listadas acima (tempo, lugar, por exemplo). Já no critério classificatório funcional, os advérbios se apresentarão pelo caráter demonstrativo (aqui, aí, então, agora), relativo (onde, como, quando, etc), e interrogativos (quando?, onde?, como?)

 

Observação:

 

Conforme a gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra, a Nomenclatura Gramatical Portuguesa acrescenta a essa lista três espécies:

 

    a) Advérbios de ordem: primeiramente, ultimamente, depois, etc.;

    b) Advérbios de exclusão; menos, exceto, fora, salvo, senão, sequer, apenas, etc.;

    c) Advérbios de designação. (Exemplos mais adiante)

 

Os dois últimos foram incorporados pela Nomenclatura Gramatical Brasileira compondo um grupo separado, correspondente aos denotadores, em razão de não apresentarem as características funcionais dos advérbios, quais sejam as de modificar o verbo, o adjetivo ou o outro advérbio. Permanecem sob a denominação de PALAVRAS DENOTATIVAS.

 

Conforme a gramática de Evanildo Bechara, esses denotadores incorporam um grupo ainda maior de termos correspondente à advérbios para a Nomenclatura portuguesa, são eles: denotadores de inclusão, exclusão, situação, retificação, designação, realce, etc.

 

As nomenclaturas segundo Evanildo Bechara:

 

    Inclusão – também, até, mesmo

    Até o cachorro foi à praia com a família.

    Exclusão – só, somente, salvo, senão, apenas, etc.

    Somente o marido entendia a forma da mulher se expressar.

    Situação:

    “Mas que felicidade.”

    “Então duvida que se falasse latim?”

    Retificação: aliás, melhor, isto é, ou antes, etc.

    Concluí as matérias do semestre, aliás, concluí todas as matérias.

    Foi embora após a conversa, melhor, fugiu.

    Designação:

    “Eis o homem.”

    Realce:

    “Nós é que somos brasileiros.”    Expletivo: lá, só, ora, que

    Eu sei lá!

    Vejam só que coisa!

    Explicação: a saber, por exemplo, isto é, etc:

    “Eram três irmãos, a saber: Pedro, Antônio e Gilberto.”

Advérbios interrogativos

 

Por se empregarem nas interrogações diretas e indiretas, os seguintes advérbios de causa, de lugar, de modo e de tempo são chamados INTERROGATIVOS:

 

    DE CAUSA:

    Por que?

    Por que não vieste à festa?

    Não sei por que não vieste à festa.

    DE LUGAR:

    Onde?

    Onde está o livro?

    Ignoro onde está o livro.

    DE MODO:

    Como?

    Como vais de saúde?

    Dize-me como vais de saúde.

    DE TEMPO:

    Quando?

    Quando voltas aqui?

    Quero saber quando voltas aqui.

 

(todos os exemplos desta lista foram retirados de: CUNHA, Celso e CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. – 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.)

Advérbio relativo

 

O termo "onde", ocorre normalmente como adjunto adverbial (= o lugar em que, no qual), por esta razão é considerado por alguns gramáticos ADVÉRBIOS RELATIVO, designação que não consta da Nomenclatura Gramatical Brasileira, mas que foi escolhida pela Portuguesa.

Locução adverbial

 

Denomina-se locução adverbial o conjunto de duas ou mais palavras que funciona com advérbio. Dessa maneira, as locuções adverbiais são compostas por uma preposição com um substantivo, com um adjetivo ou com um advérbio, Assim:

 

A criança chorou em silêncio.

 

As locuções adverbiais podem ser:

 

    DE AFIRMAÇÃO (ou DÚVIDA): com certeza, por certo, sem dúvida.

    DE INTENSIDADE: de muito, de pouco, de todo, etc.;

    DE LUGAR: à direita, à esquerda, à distância, ao lado, de dentro, de cima, de longe, de perto, em cima, para dentro, para onde, por ali, por aqui, por dentro, por fora, por onde, por perto, etc.;

    DE MODO: à toa, à vontade, ao contrário, ao léu, às avessas, às claras, às direitas, às pressas, com gosto, com amor, de bom grado, de cor, de má vontade, de regra, em geral, em silêncio, em vão, gota a gota, passo a passo, por acaso, etc.;

    DE NEGAÇÃO: de forma alguma, de modo nenhum, etc.;

    DE TEMPO: à noite, à tarde, à tardinha, de dia, de manhã, de noite, de quando em quando, de vez em quando, de tempos em tempos, em breve, pela manhã, etc.

 

Produção de Texto Aula 24 Preposição

Preposição

A preposição é uma palavra invariável que liga dois termos da oração, subordinando um ao outro. A preposição estabelece ainda, certa relação de dependência entre elas.

 

É uma questão fácil de resolver

Moravam em Maceió

Gostava de chocolate

É uma novela imprópria para crianças

 

É possível percebermos que o termo introduzido por preposição pode estar se referindo a um verbo ou a um nome. Observe os casos em que a preposição pode estar ligando duas orações de um período, subordinando uma à outra:

 

Fiz de tudo para te esquecer.

Foi advertido por estar se comportando mal.

 

Preposições essenciais

 

São palavras que funcionam basicamente como preposição: a, ante, até, após, de, desde, em, entre, com, contra, para, por, perante, sem, sobe e sob.

 

Preposições acidentais

 

São palavras de outras classes gramaticais que, perdendo sua significação original, passam a exercer o papel de preposição: como, conforme, segundo, durante, fora, exceto, etc..

 

Locução prepositiva

 

Chamamos de locução prepositiva o conjunto de palavras com valor e emprego de preposições: atrás de, através de, embaixo de, a fim de, de acordo com, por causa de, longe de, perto de, ao redor de, junto a, ao lado de, apesar de, por trás de, acerca de, cerca de, em favor de, de conformidade com. etc.

 

Eram agradáveis para com os amigos

 

A proposta estava de acordo com o pedido

Combinações e contrações

 

As proposições podem se unir a palavras de outras classes gramaticais por combinação ou contração. Se, na junção de elementos, não há alteração fonética, ocorre combinação; caso contrário, ocorre contração.

Combinação

Exemplos:

a + o(s) = ao(s)

a + onde = aonde

 

Contração

Exemplos:

de + o(s) = do(s)

de + a(s) = da(s)

em + o(s) = no(s)

em + a(s) = na(s)

em + ele(s) = nele(s)

em + ela(s) = nela(s)

de + ali(s) = dali

de + ele(s) = dele(s)

 

de + ela(s) = dela(s)

a + a(s) = à(s)

a + aquele(s) = àquele(s)

a + aquela(s) = àquela(s)

a + aquilo = àquilo

Emprego das preposições

 

As preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam.

 

Chegou de carro (meio)

Voltou de Pirapetinga (origem)

Saiu com os colegas (companhia)

Vivia sem dignidade (falta ou ausência)

Trabalhava para sobreviver (finalidade)

Morava em um local deserto (lugar)

Morreu de desgosto (causa)

Usava um vestido de algodão (matéria)

O carro de Margarida é antigo (posse)

Conversamos sobre cinema (assunto)

 

 

Na linguagem formal, não se deve fazer a contração da preposição de com o artigo que encabeça o sujeito de um verbo.

 

Está na hora de a criança ir brincar (E não: Está na hora da criança ir brincar)

 

No exemplo, a criança é o sujeito do verbo brincar, por isso não podemos contrair a preposição de com o artigo a que encabeça o sujeito. Essa regra vale também para pronomes pessoais:

 

Chegou a hora de ele sair. (E não: Chegou a hora dele sair)

 

Sendo assim, ele é sujeito do verbo sair, por isso não se pode contrair a preposição com o sujeito. O sujeito é sempre o termo regente. O termo que antecede a preposição é denominado regente; o termo introduzido por uma preposição é denominado regido. O sujeito é sempre termo regente, o que significa que não pode vir introduzido por preposição.

Morfossintaxe da preposição

 

A preposição não desempenha função sintática dentro da oração. Ela apenas estabelece conexão entre termos de uma oração; por isso é considerada conectivo ou palavra relacional. Apesar de não exercer função sintática, o uso adequado das preposições é de fundamental importância para a coesão textual.

 

Pergaminho do Mestre

 Olá, Aventureiro! Se está aqui, decifrou o pergaminho.  Agora deve ir ao Mestre do Jogo e perguntar onde você e seu grupo devem encontrar a...