terça-feira, 19 de maio de 2020

Produção de Texto Aula 14

Olá, amigos!

Vocês notaram que a última aula tratou das classes de palavras ou classes gramaticais.

Nas videoaulas, já falei disso: da fala, do sistema, da língua. Lá explico as definições e diferenças.

Claro que cedo ou tarde deveríamos abordar mais a fundo esse aspecto: A gramática.

A gramática é a sistematização da nossa língua.


Na língua portuguesa, uma palavra pode ser definida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto. A função da palavra é representar partes do pensamento humano, e por isto ela constitui uma unidade da linguagem humana.

Então, vamos às definições.

Formação de palavras

A formação de palavras é feita por dois processos principais: a derivação e a composição. Contudo, existem também outros processos de formação de palavras que, embora com menor regularidade e sistematicidade, contribuem para a formação de novas palavras, como a abreviação, a reduplicação, o hibridismo, a combinação e a intensificação.

Derivação

Na derivação, a formação de uma nova palavra ocorre a partir de uma única palavra simples ou radical, ao qual se juntam afixos, formando uma nova palavra com significação própria.

Existem cinco tipos de derivação: derivação prefixal, derivação sufixal, derivação parassintética, derivação regressiva e derivação imprópria.

Derivação prefixal

Na derivação prefixal acrescenta-se um prefixo a uma palavra já existente.

  • desnecessário (des- + necessário)
  • contramão (contra- + mão)
  • antebraço (ante- + braço)
  • infeliz (in- + feliz)

Derivação sufixal

Na derivação sufixal acrescenta-se um sufixo a uma palavra já existente

  • ciumento (ciúme + -ento)
  • velozmente (veloz + -mente)
  • orgulhoso (orgulho + -oso)
  • namorico (namoro + ico)

Derivação parassintética

Na derivação parassintética acrescenta-se simultaneamente um sufixo e um prefixo a uma palavra já existente

  • espairecer (es- + pairar + -ecer)
  • esquentar (es- + quente + -ar)
  • entediar (en- + tédio + -ar)
  • desgelar (des- + gelo + -ar)

Derivação regressiva

Na derivação regressiva, também chamada de formação deverbal, ocorre redução da palavra primitiva e não acréscimo.

  • boteco (de botequim)
  • dispensa (do verbo dispensar)
  • bandeja (do verbo bandejar)
  • remoinho (do verbo remoinhar)

Derivação imprópria

Na derivação imprópria, atualmente chamada de conversão por algumas gramáticas, não há alteração da palavra primitiva, que permanece igual. Há, contudo, mudança de classe gramatical com consequente mudança de significado: verbos passam a substantivos, adjetivos passam a advérbios, substantivos passam a adjetivos,...

  • jantar (verbo para substantivo)
  • andar (verbo para substantivo)
  • prodígio (substantivo para adjetivo)
  • baixo (adjetivo para advérbio)

Composição

Na composição, a formação de uma nova palavra ocorre a partir da junção de duas ou mais palavras simples ou radicais. Formam-se assim palavras compostas com significação própria.

O processo de composição pode ocorrer por justaposição ou por aglutinação.

Composição por aglutinação

Ocorre composição por aglutinação quando há alteração das palavras formadoras. Ocorre a fusão de duas ou mais palavras simples ou radicais, havendo supressão de fonemas. Os elementos formadores perdem, assim, a sua identidade ortográfica e fonológica porque a nova palavra composta apresenta apenas um acento tônico.

  • aguardente (água + ardente);
  • embora (em + boa + hora);
  • planalto (plano + alto);
  • vinagre (vinho + acre).

Composição por justaposição

Ocorre composição por justaposição quando não há alteração das palavras formadoras. Ocorre apenas a junção de duas ou mais palavras simples ou radicais, que mantêm a mesma ortográfica e acentuação que apresentavam antes do processo de composição. A maior parte das palavras compostas por justaposição estão ligadas com um hífen. Contudo, é possível a escrita de palavras compostas por justaposição sem hífen ou apenas escritas juntas.

  • arco-íris;
  • beija-flor;
  • guarda-chuva;
  • segunda-feira;
  • chapéu de chuva;
  • fim de semana;
  • girassol;
  • paraquedas;
  • passatempo;
  • pontapé.

Abreviação

Na abreviação é apenas utilizada parte da palavra, em vez de ser utilizada a palavra na sua totalidade. Essa parte de palavra passa a existir como uma palavra autônoma. Neste tipo de formação de palavras estão incluídas formas reduzidas das palavras, como vídeo (de videocassete) e também as siglas, formadas pelas letras iniciais de um nome composto por duas ou mais palavras.

  • foto (de fotografia);
  • moto (de motocicleta);
  • pneu (de pneumático);
  • ONU (Organização das Nações Unidas);
  • PUC (Pontifícia Universidade Católica);
  • FAB (Força Aérea Brasileira).

Reduplicação

Na reduplicação ocorre a repetição de vogais ou consoantes na formação de uma palavra imitativa. Neste tipo de formação de palavras também estão incluídas as palavras onomatopaicas. A reduplicação é também chamada de duplicação silábica.

  • pingue-pongue
  • tique-taque
  • bombom
  • zum-zum
  • pipilar

Hibridismo

No hibridismo ocorre a junção de palavras simples ou radicais provenientes de línguas diferentes.

  • monóculo (grego mono + latim oculus)
  • nonacosaedro (latim nona + grego cosa e edro)
  • sociologia (latim socio + grego logia)

Combinação

Na combinação ocorre a formação de uma nova palavras através da junção de partes de outras palavras.

  • aborrecente (aborrecer + adolescente)
  • portunhol (português + espanhol)
  • showmício (show + comício)

Intensificação

Na intensificação ocorre a criação de uma nova palavra através do alargamento do sufixo de uma palavra existente. Ocorre maioritariamente na utilização do sufixo verbal -izar.

  • obstaculizar (em vez de obstar)
  • protocolizar (em vez de protocolar)
  • culpabilizar (em vez de culpar)

Produção de Texto Aula 13 Classes Gramaticais

As 10 classes de palavras ou classes gramaticais

 

As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio.

 

Substantivo

É a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros, tais como: mesa, chuva, Brasil, beleza, corrida,etc .

Exemplos de frases com substantivo:

  • A Joana é muito inteligente.
  • O Brasil é lindo.
  • A tua beleza me encanta.
  • João foi à feira.

Há vários tipos de substantivos: comum(mesa, cadeira, geladeira), próprio(Lorena, Maria, Caloi, Gilda), concreto(carro, montanha, rio, mar), abstrato(amor, saudade, tristeza), coletivo (matilha, enxame, biblioteca).

Verbo

É a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza, tais como: sairemos, corro, chovendo, nevou.

Exemplos de frases com verbo:

  • Sairemos esta noite?
  • Corro todos os dias.
  • Chovendo, eu não vou.
  • Nevou muito ontem.

Os verbos são classificados em: regulares, irregulares, defectivos e abundantes.

Adjetivo

É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos, tais como: feliz, superinteressante, amável.

Não confundir tristeza com triste. Tristeza é uma emoção, um substantivo. triste é o estado da pessoa: João está triste. Ele tem tristeza. Tristeza é o estado de quem está triste.

Exemplos de frases com adjetivo:

  • A criança ficou feliz.
  • O artigo ficou superinteressante.
  • Sempre foi amável comigo.

 

Pronome

É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das pessoas do discurso, tais como: eu, contigo, aquele.

Exemplos de frases com pronome:

  • Eu aposto como ele vem.
  • Contigo vou até a Lua.
  • Aquele tipo não me sai da cabeça.

Há vários tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos, indefinidos, interrogativos, de tratamento.

Artigo

É a palavra que antecede o substantivo, tais como: o, as, uns, uma.

Exemplos de frases com artigo:

  • O menino saiu.
  • As meninas saíram,
  • Uns constroem, outros destroem.
  • Uma chance é o que preciso.

Os artigos são classificados em: artigos definidos e artigos indefinidos.

Numeral

É a palavra que indica a posição ou o número de elementos, tais como: um, primeiro, dezenas.

Exemplos de frases com numeral:

  • Um pastel, por favor!
  • Primeiro as damas.
  • Dezenas de pessoas estiveram presentes.

Os numerais são classificados em: cardinais, ordinais, multiplicativos, fracionários e coletivos.

Preposição

É a palavra que liga dois elementos da oração, tais como: a, após, para.

Exemplos de frases com preposição:

  • Entreguei a carta a ele.
  • As portas abrem após as 18h.
  • Isto é para você.

As preposições são classificadas em: preposições essenciais e preposições acidentais.

Conjunção

É a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical, tais como: mas, portanto, conforme.

Exemplos de frases com conjunção:

  • Vou, mas não volto.
  • Portanto, não sei o que fazer.
  • Dançar conforme a dança.

As conjunções são classificadas em coordenativas (aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas) e subordinativas (integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, finais e proporcionais).

Interjeição

É a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como: Olá!, Viva! Psiu!.

Exemplos de frases com interjeição:

  • Olá! Sou a Maria.
  • Viva! Conseguimos ganhar o campeonato.
  • Psiu! Não faça barulho aqui.

Advérbio

É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros, tais como: melhor, demais, ali.

Exemplos de frases com advérbio:

  • O melhor resultado foi o do atleta estrangeiro.
  • Não acha que trouxe folhas demais?
  • O restaurante é ali.

Os advérbios são classificados em: modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação e dúvida.

 

O que é classe gramatical?

É a classificação das palavras em grupos de acordo com a sua função na língua portuguesa. Elas podem ser variáveis e invariáveis, dividindo-se da seguinte forma:

  • Palavras variáveis - aquelas que variam em gênero e número: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo e numeral.
  • Palavras invariáveis - as que não variam: preposição, conjunção, interjeição e advérbio.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Produção de Texto Aula 12

A Aldeia dos Magos Escondidos!


     Em um tempo antigo que não foi registrado em livros de história, houve uma guerra.
    Orcs, Humanos e Elfos lutavam entre si, alguns nem lembravam-se mais a razão. Para  poucos sábios magos humanos, aqueles que viveram o início da guerra, o motivo era vergonhoso.
Eles sabiam que a Vaidade e a Inveja dos Homens provocaram a Guerra das Três Raças.
     Os Homens se achavam mais belos e inteligentes que os fortes e poderosos Orcs; invejavam o Poder Mágico e a Beleza pura e celestial dos Elfos. E se viam ameaçados.
     A única maneira de vencer os Orcs seria dominar as técnicas de Guerra, o combate direto era impossível, a força bruta dos Orcs era imensa. Então, deveriam aprender a fabricar e usar armas, forjar armaduras, afiar as lâminas das espadas. Por outro lado, vencer os elfos era também difícil. Como sobrepujar a magia com espadas? Como derrotar Elfos arqueiros com suas Flechas flamejantes, congelantes e que nunca erravam o alvo? Apenas aprendendo Magia a luta seria justa. 
     Assim, Homens nefastos e sem remorsos, aprenderam a construir armas, escudos, imbuir pedras mágicas nas armaduras, envenenaram flechas, espadas, adagas. Encontraram livros de magia, aprenderam feitiços brancos e negros. Aprenderam técnicas de batalhas. Eles se prepararam para a Ofensiva em duas frente. Atacariam Elfos e Orcs ao mesmo tempo.
    Enfim, a Guerra acabou! Entre os mortos, milhares de Humanos, Orcs e Elfos. Não há vencedores em qualquer guerra. Só perdas, e muitas...    Um Conselho foi reunido, com os líderes de cada raça, e decidiram unanimemente proibir a magia dos humanos, pois eles usaram-na de forma errada. Entretanto, a Magia não escolhe quem a usa; e, ao longo das batalhas, estudiosos descobriram que poucos humanos eram sensitivos à magia e podiam canalizá-la sem as palavras usadas para invocá-la. Estes magos de nascença foram mortos um a um. Matança que obrigou os poucos sobreviventes a fugir, a se esconder. Fingir que eram pessoas sem esse dom, que para alguns era uma maldição. Cada um desenvolvia um tipo de poder. Todos extremamente fortes em suas habilidades, mas se não treinadas e sem estudar os modos corretos de desenvolvê-las, ficavam inertes, adormecidas.
    E a vida seguiu...
    Aos poucos as histórias foram sendo esquecidas, memórias antigas acabam distorcidas, misturadas à invenções, lendas, mitos. Mas uma coisa nunca mudou: a Magia era proibida. Nem sabiam mais o porquê.
    Entretanto não havia como impedir que crianças continuassem a nascer. E entre elas, nasciam aquelas que tinham a força em si. Quando o poder mágico despertava, eram escondidas, separadas de seus familiares, levadas para lugares onde os caçadores de magos não poderiam chegar. Eram treinadas para fingir, esconder e nunca usar seus dons. Sempre que eram levadas para longe, para lugares onde ninguém poderia encontrá-las, havia um mentor, um mago antigo oculto, vivendo junto aos habitantes do lugarejo, para acolher e treinar as crianças nessa arte de dissimulação, de camuflagem.
    Existia uma aldeia. Muito distante.
    Essa aldeia era um porto seguro para magos por ela atraídos. Sim. Ir ao lugar não era uma escolha consciente. Era um chamado. Ao chegarem próximos uma sensação de segurança e paz tomava aqueles que antes eram perseguidos. E assim se estabeleciam. Sempre em disfarces. Ao criar raízes no lugar, um se tornava o ferreiro, outro o padeiro, muitos arrendavam terras para plantar. Sempre escolhiam atividades onde força bruta era essencial ou que não necessitasse de amplos conhecimentos. Estudo e saber  também eram ligados à magia. Parece-me que conhecimento em todas as eras é considerado perigoso. Então, dessa forma, tornavam-se úteis às pessoas do vilarejo e espantavam suspeitas com demonstrações de saberes passíveis de despertarem olhares e pensamentos curiosos.
    Após a vida se nivelar a uma linearidade tal um lago onde a água não é acarinhada pelo vento. A paz primordial que sentiam transformava-se em novo chamado. Claro que os magos reconheciam outros magos. A magia era sentida. Mas faziam de tudo para anular essa força. Tentavam a todo custo serem invisíveis. Mas sabiam quem era quem. De todo modo era inevitável, assim desenvolveram códigos de comunicação. Em um futuro ataque poderiam ter que unir forças para defesa.
    E a vida seguia.
    Um dia um forasteiro apareceu.
    Nesses momentos, quando há um evento novo que altera o cotidiano, o curso da vida prende a respiração.
    No instante que ele surgiu, não houve apreensões ou perguntas sobre seu passado ou interesses, mas quando ele começou a fazer perguntas, um alerta de perigo tomou conta de alguns mais desconfiados.
    O Forasteiro não era diferente de alguns viajantes que cruzavam as estradas que rasgavam o vilarejo. Era o típico peregrino que buscava trabalho em outras paragens ou estava apenas de passagem em busca de outros destinos. Normalmente esses tipos ficavam um dia ou dois na estalagem que beirava a estrada principal e logo seguiam seu rumo. Ali ninguém ficava, não havia trabalho que sobrasse vagas ou destinos religiosos ou coisa que despertasse o interesse de ficar. Um lugar para dormir, comer e seguir seu rumo, se resumia a isso; e ninguém que morava ali, realmente criava as condições para que um desconhecido quisesse ficar.
    Mas havia um interesse diferente nesse homem de fora.
    Ele fazia perguntas, olhava os moradores com  curiosidade. Andava calmamente observando cada detalhe do lugar. Tentava ganhar a confiança dos moradores nativos ou oriundos de outros lugares como ele. Demonstrava uma vontade de estabelecer morada. Alguns não se incomodaram, ao contrário de um ferreiro.




Olá, amigos!

Minha parcela diária foi escrita e a de vocês como está?

Até amanhã.







sexta-feira, 15 de maio de 2020

Produção de Texto Aula 11

A Aldeia dos Magos Escondidos!


     Em um tempo antigo, que não foi registrado em livros de história, houve uma guerra.
    Orcs, Humanos e Elfos lutavam entre si, alguns nem lembravam-se mais a razão. Para  poucos sábios magos humanos, aqueles que viveram o início da guerra, o motivo era vergonhoso.
Eles sabiam que a Vaidade e a Inveja dos Homens provocou a Guerra das Três Raças.
     Os Homens se achavam mais belos e inteligentes que os fortes e poderosos Orcs; invejavam o Poder Mágico e a Beleza pura e celestial dos Elfos. E se viam ameaçados.
     A única maneira de vencer os Orcs seria dominar as técnicas de Guerra, o combate direto era impossível, a força bruta dos Orcs era imensa. Então, deveriam aprender a fabricar e usar armas, forjar armaduras, afiar as lâminas das espadas. Por outro lado, vencer os elfos era também difícil. Como sobrepujar a magia com espadas? Como derrotar Elfos arqueiros com suas Flechas flamejantes, congelantes e que nunca erravam o alvo? Apenas aprendendo Magia a luta seria justa. 
     Assim, Homens nefastos e sem remorsos, aprenderam a construir armas, escudos, imbuir pedras mágicas nas armaduras, envenenaram flechas, espadas, adagas. Encontraram livros de magia, aprenderam feitiços brancos e negros. Aprenderam técnicas de batalhas. Eles se prepararam para a Ofensiva em duas frente. Atacariam Elfos e Orcs ao mesmo tempo.
    Enfim, a Guerra acabou! Entre os mortos, milhares de Humanos, Orcs e Elfos. Não há vencedores em qualquer guerra. Só perdas, e muitas...    Um Conselho foi reunido, com os líderes de cada raça, e decidiram unanimemente proibir a magia dos humanos, pois eles usaram-na de forma errada. Entretanto, a Magia não escolhe quem a usa; e, ao longo das batalhas, estudiosos descobriram que poucos humanos eram sensitivos à magia e podiam canalizá-la sem as palavras usadas para invocá-la. Estes magos de nascença foram mortos um a um. Matança que obrigou os poucos sobreviventes a fugir, a se esconder. Fingir que eram pessoas sem esse dom, que para alguns era uma maldição. Cada um desenvolvia um tipo de poder. Todos extremamente fortes em suas habilidades, mas se não treinadas e sem estudar os modos corretos de desenvolvê-las, ficavam inertes, adormecidas.
    E a vida seguiu...
    Aos poucos as histórias foram sendo esquecidas, memórias antigas acabam distorcidas, misturadas à invenções, lendas, mitos. Mas uma coisa nunca mudou: a Magia era proibida. Nem sabiam mais o porquê.
    Entretanto não há como impedir que crianças continuem a nascer. E entre elas, nasciam aquelas que tinham a força em si. Quando o poder mágico despertava, eram escondidas, separadas de seus familiares, levadas para lugares onde os caçadores de magos não poderiam chegar. Eram treinadas para fingir, esconder e nunca usar seus dons. Sempre que eram levadas para longe, para lugares onde ninguém poderia encontrá-las, havia um mentor, um mago antigo oculto, vivendo junto aos habitantes do lugarejo, para acolher e treinar as crianças nessa arte de dissimulação, de camuflagem.
    Existia uma aldeia. Muito distante.
    Essa aldeia era um porto seguro para magos por ela atraídos. Sim. Ir ao lugar não era uma escolha consciente. Era um chamado. Ao chegarem próximos uma sensação de segurança e paz tomava aqueles que antes eram perseguidos. E assim se estabeleciam. Sempre em disfarces. Ao criar raízes no lugar, um se tornava o ferreiro, outro o padeiro, muitos arrendavam terras para plantar. Sempre escolhiam atividades onde força bruta era essencial ou que não necessitasse de amplos conhecimentos. Estudo e saber  também eram ligados à magia. Parece-me que conhecimento em todas as eras é considerado perigoso. Então, dessa forma, tornavam-se úteis às pessoas do vilarejo e espantavam suspeitas com demonstrações de saberes passíveis de despertarem olhares e pensamentos curiosos.
    Após a vida se nivelar a uma linearidade tal um lago onde a água não é acarinhada pelo vento. A paz primordial que sentiam transformava-se em novo chamado. Claro que os magos reconheciam outros magos. A magia era sentida. Mas faziam de tudo para anular essa força. Tentavam a todo custo serem invisíveis. Mas sabiam quem era quem. De todo modo era inevitável, assim desenvolveram códigos de comunicação. Em um futuro ataque poderiam ter que unir forças para defesa.
    E a vida seguia.
    Um dia um forasteiro apareceu.


Bom, meus amigos.

Só existem três histórias na humanidade:

1° O Escolhido;

2° O Forasteiro que chega na cidade;

3° Godzilla versus King Kong (Monstros lutando até a morte)

Essa vai envolver esses padrões, rs.

Brincadeira!

Na verdade são 7 tipos de histórias, rs.


Até mais.








Pergaminho do Mestre

 Olá, Aventureiro! Se está aqui, decifrou o pergaminho.  Agora deve ir ao Mestre do Jogo e perguntar onde você e seu grupo devem encontrar a...