quinta-feira, 16 de abril de 2020
terça-feira, 14 de abril de 2020
O Retorno!
Oi, galera!
Há muito tempo tenho pensado em escrever aqui, falar do meu trabalho, postar links do meu canal do Youtube. Pena que o motivo que me deu esse tão esperado e precioso tempo tenha sido a quarentena, e todas as coisas horríveis que vêm atreladas, cavalgado essa pandemia.
Tomara que todas as minhas ficções conspiratórias não se realizem. Porque está estranho. Muito estranho.
Aproveitarei esse espaço para brincar com essas possibilidades de narrativa. Porque pandemia só é legal na ficção.
Até mais!
Há muito tempo tenho pensado em escrever aqui, falar do meu trabalho, postar links do meu canal do Youtube. Pena que o motivo que me deu esse tão esperado e precioso tempo tenha sido a quarentena, e todas as coisas horríveis que vêm atreladas, cavalgado essa pandemia.
Tomara que todas as minhas ficções conspiratórias não se realizem. Porque está estranho. Muito estranho.
Aproveitarei esse espaço para brincar com essas possibilidades de narrativa. Porque pandemia só é legal na ficção.
Até mais!
terça-feira, 19 de julho de 2016
Música Pura # 2
Para que serve
música?
Respondendo essa
questão deixada ao fim da última coluna, devo considerar alguns pontos:
- A minha
experiência e o testemunho da experiência de meus alunos.
Embora eu não
pretenda absolutamente definir nada, nem guiar ninguém em direção do meu gosto
ou o que acredito. Acho importante dividir esses pensamentos: Há definições que
são pessoais e definições que são convencionadas. Vamos tratar das definições
discutidas em sala de aula.
Meus alunos em muitos casos dizem que música é
para se divertir, para cantar, para apenas ouvir, para lembrar ou para ficar
triste e ou alegre. Cada um tem a sua preferência. Muitos falam que música é
para dançar, para mexer com a gente. Enfim, Música é para tudo. E nos damos
conta que o som, musical ou não, está em todo lugar. E ficamos pensando o que
define essas utilidades. Pergunto se eles têm o hábito de ouvir. Os menores
escutam o que os pais têm o hábito de ouvir e adolescentes geralmente escutam o
que os grupos onde vivem e frequentam, têm como preferência. Entretanto, esse
texto não tem cunho antropológico ou social. Quero definir onde a música está
na vida de cada um. São estudantes de música, sendo assim devem ter um
interesse diferente.
Assim que
localizamos a música no cotidiano de cada um e separamos o momento onde cada um
apenas ouve suas músicas favoritas, pergunto: “Você está lá deitado de olhos
fechados ouvindo a banda de rock que você mais gosta o que te agrada? O que te
atrai? O que te deixa interessado em ouvir mais?”.
Muitas dúvidas
aparecem nesse momento. Nunca pararam para notar esses aspectos. Mas respondem
que é bom, que é legal ou que é dá hora, Seu!
Essas respostas
são muito verdadeiras porque o intenso prazer que se sente ao escutar música
provoca no cérebro a liberação de dopamina, um neurotransmissor que serve para
avaliar ou recompensar prazeres específicos associados à alimentação, drogas ou
dinheiro. A dopamina serve para reforçar alguns comportamentos essenciais à
sobrevivência (alimentação), ou pode ainda desempenhar um papel na motivação
(recompensa secundária através do dinheiro). O que não se sabia, no entanto,
era como a substância poderia estar envolvida no prazer abstrato – como ouvir
música.
Voltando ao
ponto principal, Música serve para dar prazer. Ouvimos porque é bom e pronto.
Pensando assim, biologicamente, qualquer música ou som vai criar o mesmo
efeito. Então por que produzimos tantas coisas diferentes? Experimentamos
timbres, variamos a Altura (frequência – grave ou agudo)? Sobrepomos melodias?
Alteramos acordes e harmonias?
Nessa hora
acontece a inevitável pergunta: Por que professor você escuta essas músicas?
Por que seu gosto é diferente do nosso?
Música Pura # 1
Sempre pergunto
em minhas aulas duas coisas: O que é Música? Para que serve Música? E colho
diversas respostas. “Música é letra”.
“Música é para dançar”. “Música é para lembrar”. “Música é tocar um
instrumento”. Mas basicamente esses alunos não conseguem atingir um ponto
comum. Nesse ponto pergunto do que é feita a Música. Rapidamente respondem:
“Letra e instrumentos”. Pergunto de novo, sem nunca antes deixar de falar:
“Letra não é música”. Letra é literatura, poesia, outra coisa. Deixo isso para
depois. E sigo. Instrumento faz o quê? “Música!” Respondem indignados. Então,
música e som é a mesma coisa? Novamente pergunto: E agora o que é música?
“Música é som”. Mas música é qualquer som? Antes que me joguem fora da sala
explico que qualquer som ordenado pode ser entendido como música. Se a partir
de um momento determinarmos um pulso ou conseguirmos prever o momento que
acontecerá um som, sim! É música! “Professor qualquer som ordenado pode ser
música?” Sim, pode. Mas até agora determinamos um conceito do que é. A estética
ou beleza e se gostamos ou não é outra coisa. Já que o som é o material que
usamos para fazer música, devemos analisar as propriedades do som: Se ele é
curto ou longo, Agudo ou Grave, Intenso ou fraco (volume), e onde é produzido
(timbre). O próximo passo é saber os elementos da música. Se o som for sozinho,
tocado um de cada vez é uma melodia. Se tocarmos dois ou mais ao mesmo tempo é
harmonia e a maneira que eles aparecem no tempo é o ritmo.
Agora vamos
fazer um pouco de música. “Como professor?”. Um estalo de dedos seguido de duas
batidas das palmas das mãos é música. Temos aí melodia e ritmo e dois sons
diferentes. Ainda não estamos falando de sons tonais (Sons regulares: Dó, RÉ,
Mi, etc.). São sons irregulares (percussivos sem poder verificar uma vibração
que torne o som regular- O Lá do diapasão tem 440 hz por exemplo). Mas mesmo
com palmas podemos fazer uma infinidade de variações rítmicas que no fim são música.
Na internet há uma variedade grande de grupos de percussão corporal que acho
interessante pesquisar. “Barbatuques” é um que recomendo.
A Música nesse
aspecto de ritmo e percussão é muito natural e fácil de produzir. Talvez isso
explique a abundante safra de músicas extremamente dançantes e fáceis que há na
indústria pop. Entretanto isso é assunto para outra conversa.
Batam palmas em
velocidades diferentes, em volumes diferentes. Estalem os dedos entre uma palma
e outra. Ou a cada duas ou a cada três. A vida é curta demais para apenas
ouvir. Está na hora de começar a fazer música.
Mais tarde
explico a conclusão dos alunos da pergunta: “Para que serve música?”.
sexta-feira, 15 de abril de 2016
terça-feira, 12 de abril de 2016
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